A Volkswagen do Brasil colaborou ativamente com a ditadura no Brasil na perseguição de opositores políticos. É o que revela o documentário produzido pela emissora pública de TV ARD, da Alemanha. Você pode assistir ao documentário de 45 minutos ao clicar na foto abaixo.
O documentário entrevista Mario Belinatti, ex-funcionário da Volks, que foi torturado pelo aparato repressor e afirma ter sido entregue aos agentes da ditadura pela empresa. Além disso, traz depoimentos de representantes da montadora e de membros do Ministério Público, que investiga a ligação da VW com o governo de exceção.
Recentemente, o assunto ganhou repercussão internacional com a afirmação feita pelo historiador Christopher Kopper à imprensa alemã Süddeutsche Zeitung e às emissoras NDR e SWRA Departamento de Segurança atuou como um braço da polícia política dentro da fábrica da Vokswagen”. Ele contratado pela Volkswagen para investigar as denúncias feitas há tempos pela Comissão Nacional da Verdade (que se dedica a esclarecer os crimes e a repressão praticada durante o período ditatorial no Brasil).
Foi contatado que a filial brasileira espionou seus trabalhadores e suas ideias políticas, e os dados acabaram nas mãos da polícia política que atuou durante a ditadura de 1964 a 1985.
Galpões
Conforme apurou a Comissão Nacional da Verdade, que examinou as violações dos direitos humanos cometidas pela ditadura brasileira, muitas empresas privadas, nacionais e estrangeiras deram apoio tanto financeiro como operacional ao regime militar.
No caso da Volkswagen, a comissão constatou que alguns galpões que a empresa tinha em uma fábrica de São Bernardo do Campo (SP) foram cedidos aos militares, que os usaram como centros de detenção e tortura.
Além disso, a comissão sustentou que encontrou provas que a empresa alemã doou ao regime militar cerca de 200 veículos, que depois foram usados pelos serviços de repressão.
Com informações da Agência EFE e Opera Mundi