O Sindicato Químicos Unificados e a Intersindical Central da Classe Trabalhadora participaram de um Encontro Latinoamericano e Caribenho de Solidariedade da Federação Sindical Mundial (FSM) à Revolução Bolivariana na Venezuela.
Dirigentes do Unificados e da Intersindical Arlei Medeiros (ao fundo à esquerda) e Nilza Pereira participaram do encontro junto com Ricardo Saraiva Big, da secretaria de Relações Internacionais/Intersindical Central Classe Trabalhadora
Ao lado de companheiros de 25 organizações de trabalhadores de países da América Latina e Caribe aprovaram a seguinte posição:
Convocados pela Federação Sindical Mundial, nos reunimos na cidade de Bogotá com 25 organizações sindicais e de aposentados do país anfitrião, junto a delegações de trabalhadores do Brasil, Panamá e Uruguai, com o propósito de debater, adotar e impulsionar ações comuns de solidariedade em favor do povo e do governo revolucionário da República Bolivariana da Venezuela: bastião de luta anti-imperialista em nossa América e fortaleza assediada pelas forças coléricas da contra revolução mundial.
Na presença de representantes das embaixadas da Venezuela e da Cuba socialista, e de membros de grupos solidários e de partidos de esquerda, analisamos de forma séria a luta travada entre o lado das forças motrizes da Revolução Bolivariana que apontam mudanças sociais transcendentes em favor dos trabalhadores contra as hordas narco-fascistas que, através de assédio sistemático, sabotagem e terror, tentam não apenas desacreditar e derrubar o governo legítimo presidido por Nicolás Maduro, como também silenciar e desmantelar as conquistas alcançadas na revolução pelos trabalhadores.
Como aspecto central das transformações alcançadas pela Revolução Bolivariana valorizamos os progressos trabalhistas consagrados na Lei Orgânica do Trabalho, tais como: redução da jornada de trabalho sem redução de salários, aumento de um ano na licença maternidade, férias de 30 dias, proibição da contratação de mão de obra terceirizada e a extensão de direitos de pensão a idosos que não puderam contribuir com a previdência social. Tudo isso contrasta com o desmantelamento de nossos direitos sociais e das garantias de trabalho que estão a serviço das grandes oligarquias latino-americanas.
A partir da nova realidade venezuelana, destacamos a participação protagonista da classe trabalhadora, do campesinato e de outros setores laboriosos na definição dos destinos de seu país, como evidenciado na convocação e eleição de 30 de julho da Assembleia Nacional Constituinte: instrumento encaminhado com o objetivo de projetar a arquitetura da República Bolivariana em favor das gerações futuras, a partir de um referendo das conquistas e realizações trabalhistas e sociais (missões, etc.).
Também reconhecemos o governo venezuelano, anteriormente presidido pelo comandante Hugo Chávez e agora pelo sindicalista Nicolás Maduro, em relação ao seu papel decisivo para impulsionar e consolidar o processo emancipatório de integração regional, constituído na Alianza Bolivariana de los Pueblos de Nuestra América (ALBA), uma ferramenta que permitiu a nossos povos infligir um golpe severo ao projeto colonial moderno do imperialismo ianque (a ALCA).
Ao defender o direito inalienável da autodeterminação dos povos, denunciamos e condenamos:
1) O recrudescimento e a expansão do cerco econômico, “diplomático”, e informativo que as forças reacionárias deslocam ilegalmente na pequena pátria do Libertador; uma estratégia que aglutina o secretário da OEA, Luis Almagro, que através do Ministério ianque das Colônias tenta criar consensos para “justificar” o assalto sangrento à Venezuela bolivariana.
2) A escalada criminosa do narcoparamilitarismo colombiano-venezuelano em território patriota; antesala de uma invasão armada prevista pelo Governo dos Estados Unidos e por governos de marionetes e / ou golpistas, como os de Temer, Kuczsinski, Nieto e Santos, como a CIA acaba de cinicamente confirmar. A este respeito, denunciamos a ação febril da burguesia colombiana, que pela dupla sinistra Santos-Uribe habilitou com vistas à intervenção armada sete bases militares, promovendo o contrabando de produtos e incentivando o êxodo em massa de cidadãos venezuelanos, de modo a promover o ódio entre as nações irmãs.
Em particular, rejeitamos a prática maniqueísta das oligarquias da América Latina e do Caribe de usar sua campanha antibolivariana como uma cortina de fumaça para esconder a política desastrosa que eles realizam contra seus próprios povos; o que se manifesta nas novas contra reformas do trabalho, visando aniquilar o pouco que nos resta de estabilidade de emprego e o direito à aposentadoria, revivendo as condições de trabalho subumanas do século 18.
Sob tais ameaças, cabe a nós, como força classista da FSM, demarcar o sindicalismo amarelo, rompendo o cerco desinformativo do imperialismo e de seus capangas, divulgar mais plenamente e sem hesitação as conquistas da Revolução Bolivariana e incentivar um firme apoio venezuelano à classe trabalhadora latino-americana e no movimento sindical em escala mundial.
Terminamos esta declaração parafraseando a mensagem enviada a esta reunião pelo Secretário Geral da FSM, George Mavrikos:
“Devemos reafirmar a nossa solidariedade internacionalista para com o povo da Venezuela, que tem o direito de decidir sobre o futuro de seu país. Rejeitamos as provocações dos assassinos imperialistas e todos expressamos em uma só voz:
ABAIXO À AGRESSIVIDADE IMPERIALISTA!
FORA MÃOS ESTRANGEIRAS NA VENEZUELA BOLIVARIANA!
NÃO AO USO DO SOLO COLOMBIANO COMO PLATAFORMA DE AGRESSÃO!
VIDA LONGA À SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTA!
VIVA A FEDERAÇÃO SINDICAL MUNDIAL!
Bogotá, 10 e 11 de agosto de 2017.