Reajustes maiores em algumas fábricas químicas são resultado de mobilização dos trabalhadores/as em luta junto com o sindicato
Nas fábricas de Campinas e Osasco, a campanha salarial do setor químico não se encerra com a assinatura da Convenção Coletiva. Isso porque, nas fábricas em que os/as trabalhadores/as estão dispostos a lutar, o Unificados apresentou pautas específicas com as reivindicações debatidas em assembleias, mobilizações e rodas de conversas nas portas das fábricas.
Unipak
O reajuste salarial será de 3% para os cerca de 100 trabalhadores/as da fábrica de Paulínia. Isso representa um aumento real de 1,15% sobre os salários.
Orion Engineered Carbons Ltda
Os/as trabalhadores/as da Orion, em Paulínia, conquistaram um abono de R$ 600 e reajuste de 3,33% no tíquete alimentação.
Yamá Cosméticos
As/os trabalhadoras/es receberão um reajuste de 1,85% sobre os salários e de 10,85% na cesta que era de R$ 184,92 e agora passa a ser de R$ 205,00. Além disso, a Participação sobre Lucros e Resultados (PLR) será de R$ 1.109,00 com pagamentos em 30 de março e 30 de outubro de 2018.
Galvani Ferlizantes
Algumas empresas já retornaram ao sindicato que vão aplicar reajustes maiores que os 1,83% (reposição da inflação) previsto pela Convenção Coletiva. Este é o caso da Galvani Fertilizantes, em Paulínia, que aplicará reajuste de 6,8% na cesta alimentação, que passará de R$ 220 para R$ 235. Isso, representa ganho real de 4,89%. Hoje, 23/11, o Unificados realizou assembleia na porta da fábrica para informar os/as trabalhadores/as sobre esta conquista.
Ibasa
Os trabalhadores da Ibasa do Brasil Industria e Comercio Ltda, também de Paulínia, conquistaram aumento real na cesta e também nos salários. Todos/as trabalhadores/as receberão reajuste de 3,4% nos salários, o que representa um aumento real de 1,5%. Já a cesta alimentação foi reajustada em 5,14% – o que significa um aumento real de 3,25%.
Bann Química
Na Bann Química, em Paulínia, resposta à pauta protocolada pelo sindicato, a empresa garantiu que não aplicará a reforma trabalhista e efetuará o pagamento de R$ 105 a mais sobre o valor mínimo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) estabelecido pela convenção coletiva, no final de fevereiro e março de 2018. Além disso, a empresa se comprometeu a não aumentar o valor que desconta dos trabalhadores para as consultas médicas realizadas pelo convênio.
Bimeda Brasil
Trabalhadores da Bimeda Brasil, de Monte Mor, conquistaram reajuste de 48% na cesta de alimentação.
Sinter Futura
Os/as trabalhadores/as da Sinter Futura, em Mote Mor, terão os salários reajustados em 2,5%.
Fuchs Lubrificantes do Brasil
Em Barueri trabalhadores/as da Fuchs Lubrificantes do Brasil conquistaram reajuste de 5%, o que garante aumento real de 3,17%.
Hinode
Já os/as trabalhadores/as da Hinode Ind. e Com. de Cosméticos Ltda receberão aumento no tíquete alimentação, que passará dos atuais R$ 90 para R$ 120 – um reajuste que garante um aumento real de 30,9% para a alimentação dos/as trabalhadores/as.
Campanha Salarial
A campanha salarial do setor químico é coordenada pela Fetquim – Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de São Paulo, da qual o Unificados faz parte. A negociação entre Fetquim e patrões envolve cerca de 180 mil trabalhadores químicos no estado de São Paulo.
Neste ano, as negociações entre bancada patronal e Fetquim garantiram por mais um ano as cláusulas sociais da Convenção Coletiva do setor Químico que asseguram uma série de direitos. Além disso, a reposição das perdas inflacionárias pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou em 1,83%. Onde há disposição de luta dos/as trabalhadores/as, o Unificados organiza mobilizações e apresenta pautas específicas para obter reajustes maiores e, também, solucionar problemas específicos de cada fábrica.