Mais de 35 milhões de trabalhadores em todo o Brasil aderiram à Greve Geral do dia 28/04 contra o desmonte da Previdência e destruição das leis trabalhistas. Esta é a estimativa das centrais e movimentos populares que convocaram a greve. Ontem, no dia 1º de Maio, trabalhadores/as voltaram a ocupar as ruas nos atos pelo Dia Internacional dos/as Trabalhadores/as. Somente em São Paulo, os organizadores estimam que 200 mil pessoas participaram da manifestação no centro.
Dirigentes do Unificados e da Intersindical Central da Classe Trabalhadora estiveram envolvidos ativamente tanto durante a greve quanto na organização do 1º de maio e seguirão nas mobilizações unitárias para a derrubada dos projetos de lei que ameaçam direitos históricos da Classe Trabalhadora. A proposta de Reforma Trabalhista já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e agora segue para o Senado. Já a proposta que desmonta a Previdência ainda não foi votada pela Câmara. As centrais sindicais e movimentos populares indicam que é urgente ocupar Brasília e pressionar os parlamentares a não aprovarem estas reformas.
Trabalhadores/as lutam por eleição direta para a escolha do presidente da República, uma vez que Temer chegou ao poder sem nenhuma legitimidade, apenas para colocar em prática a retirada de direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora em anos de lutas.
Repressão
A luta da classe trabalhadora tem sido duramente reprimida pelo Estado. Em São Paulo, durante a Greve Geral, a Polícia Militar prendeu três militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) sem nenhuma prova, apenas com a declaração dos policiais de que estariam incitando violência. Os companheiros Juraci Alves dos Santos, Luciano Antonio Firmino e Ricardo Rodrigues dos Santos são presos políticos e a luta agora de todas e todos que participaram da Greve Geral é pela libertação destes companheiros. Leia mais aqui.
Em Goiânia (GO), o estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, 33 anos, agredido por um policial militar durante manifestação no centro no dia 28/04. Ele sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas e continua internado em estado grave.
No Rio de Janeiro, a Polícia Militar também agiu com truculência para dispersar as manifestações em apoio à greve geral . A PM atirou bombas contra as pessoas, inclusive as que estavam em um palanque encerrando o ato na Cinelândia, no centro .