Ao som dos atabaques do Ilê Abassá de Ogum, que entoaram o toque de Xangô, orixá que representa a justiça nas religiões de matriz africana, lideranças dos povos de terreiro lançaram dia 17 de junho, um manifesto pelo “Fora Bolsonaro e Mourão”. O movimento soma-se a mobilização que vem crescendo desde o começo da pandemia em defesa da vida e da democracia.
O documento é assinado por mais de mil entidades do movimento negro, comunidades de terreiros e lideranças religiosas e denuncia o recorrentes discursos de ódio e racistas do capitão da reserva e a ausência de políticas sanitárias em plena pandemia causada pelo vírus da covid-19 pelo governo Bolsonaro. De acordo com o manifesto, é justamente a população negra e pobre do país a mais vulnerável diante da crise.
Segundo a liderança indígena Sônia Guajajara já são mais de 300 indígenas mortos pelo novo coronavírus e 5 mil infectados. “A causa das mortes não é só a doença, mas a política do governo Bolsonaro que desampara a população, o sistema capitalista e o racismo estrutural. Nós precisamos juntos fortalecer todas as lutas e vozes coletivas que se expressam pelo Fora Bolsonaro e Mourão. Precisamos também romper com tantas outras situações crônicas como o modelo econômico atual, totalmente opressor predatório e centralizador”, disse Sônia. (Com informações do portal Brasil de Fato).