Logo no início das negociações da PLR 2020, a Natura citou a pandemia do coronavírus como desculpa para não pagar o adiantamento de parte do valor da PLR. Todos os anos, a empresa paga 40% do valor adiantado, conquista essa garantida após muita luta do sindicato junto com os trabalhadores. De acordo com a empresa, diante do cenário de incertezas, o melhor seria pagar a PLR integral apenas em março de 2021.
O sindicato rejeitou imediatamente a proposta e solicitou que a empresa mantivesse o adiantamento de 40% do valor, pago no mês de setembro, conforme acontece todos os anos.
Após reivindicação e insistência do sindicato e da Comissão, a Natura voltou atrás e aceitou pagar 30% do valor da PLR ainda esse ano, no final do mês de setembro. Essa ainda não é a proposta ideal, pois sabemos que a Natura tem plenas condições de pagar 40% de adiantamento conquistado ao longo do tempo, porém representa um avanço diante da postura da empresa.
REIVINDICAÇÕES PARA CAMPANHA SALARIAL
Durante as negociações, o sindicato reivindicou que a Natura propusesse também uma forma de compensação para os trabalhadores, já pensando na Campanha Salarial 2020.
A projeção de inflação (índice do INPC publicado pelo governo), que é usada como referência para o aumento salarial dos Químicos, está em baixa. Considerando os altos níveis de produção na fábrica e o crescimento da Natura, que em 2020 concluiu a compra da Avon e se tornou a 4ª maior empresa de beleza do mundo, o sindicato reivindica que a empresa conceda benefícios a mais para os trabalhadores, como vale alimentação.