O “Economia de Francisco”, evento internacional promovido pelo papa, envolveu mais de 2.000 empreendedores e estudantes de economia com menos de 35 anos de 115 países, entre os dias 19 e 21 de novembro. Devido à pandemia, o evento, que era para ter acontecido em abril foi adiado e feito totalmente online, com transmissão ao vivo de Assis, na Itália
O evento é um movimento de jovens com rostos, personalidades, ideias que se move e vive em todo o mundo por uma economia mais justa, inclusiva e sustentável e para dar uma alma à economia de amanhã. Trata-se de um encontro mundial pela economia de Francisco, em referência a São Francisco de Assis que, no século XVII, deixou a fortuna para abraçar a igualdade e a natureza.
O Livres foi um dos projetos escolhidos para ser apresentado no encontro. “A economia solidária é um nova forma em que os trabalhadores se organizam com outros princípios na relação de compra e venda de produtos. É uma articulação ampla, que inclui finanças e crédito por meio de cooperativas e bancos comunitários. A ideia é retirar os atravessadores, que lucram sem produzir e reduzem a renda de quem é responsável pela produção”, afirma Vitor Hugo Tonin, economista e assessor do Químicos Unificados.
LIVRES: REDE DE PRODUTOS
DO BEM E SEM VENENO
O Livres nasceu da necessidade de viabilizar o acesso da população a produtos agrícolas de qualidade, sem venenos, sem exploração do homem pelo homem e sem a figura do intermediário capitalista. Essa proposta torna os preços de produtos agroecológicos mais justos quando comparados com os encontrados nos supermercados.
Além disso, é uma forma de organização econômica que põe a vida acima do lucro e, assim, resistir ao projeto perverso de concentração de renda nas mãos de uns poucos, que é um das consequências da política neoliberal do atual governo federal.