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Termo de compromisso garante INPC

Termo de compromisso assinado entre os sindicatos dos trabalhadores e patronal garante o poder de compra com o reajuste salarial de 100% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a variação de preços para o consumidor. A reposição da inflação será aplicada na data-base em 1º de novembro, quando sair o índice. Hoje, a estimativa é de 3,59%.

“Com todos os ataques e as dificuldades que os trabalhadores têm sofrido, garantir a aplicação de 100% do INPC teria menor impacto nesse momento. Vamos seguir organizados e na luta para conquistarmos melhores condições e valores maiores na campanha salarial de 2021. Vamos batalhar para que o ano que vem seja melhor”, diz Nilza Pereira, dirigente da Regional Osasco.

A Convenção Coletiva, assinada na campanha salarial do ano passado, está garantida até 31 de outubro de 2021. Assim, os direitos sociais e o poder de compra estão garantidos, sem alterações. Para esse momento de alto desemprego e crise econômica, essa conquista é muito importante, porque muitas categorias estão perdendo direitos.

Em assembleias virtuais, realizadas nos dias 13 e 20 de setembro, com os trabalhadores das duas regionais Campinas e Osasco, o Sindicato foi autorizado a assinar o termo de compromisso e continuar na luta pelas melhores condições de trabalho.

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Negociação nos valores da PLR
O valor da PLR foi mantido na convenção, pois em primeiro momento a proposta era de retirar com o argumento que não se concretizaria lucro em 2020. Resistimos e vencemos o debate, porém excepcionalmente esse ano haverá uma redução no valor mínimo da PLR devido à crise econômica causada pela pandemia. A Fetquim negociou todas as possibilidades para o menor impacto possível para os trabalhadores e trabalhadoras.

Desta forma, foi possível incluir uma cláusula que abre a possibilidade de negociação dos valores da PLR até abril de 2021. Assim, será possível recompor a redução nas empresas onde não tiveram impactos da crise e não tem acordo próprio. “Avaliamos que podemos avançar, com organização e luta, nas empresas que tiverem melhores resultados econômicos durante a pandemia”, diz Nilza da Regional Osasco.

A redução se aplica apenas e somente para quem não tem acordos específicos. Nas empresas que sofrerem impactos da crise sanitária e com menos de 49 trabalhadores, o valor será de R$ 750,00 e, nas empresas com mais de 50 trabalhadores, o valor será de $ 850,00. Vale lembrar que se trata de um termo de compromisso e a convenção definitiva será assinada assim que sair o INPC em novembro.

Crise leva à inflação e desemprego
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A crise econômica instalada no Brasil desde 2015 tem como base um projeto político que visa manter alto o número de desempregados, subempregados e desalentados. Essa é a principal forma dos patrões pressionarem os trabalhadores a aceitar piores condições de remuneração, trabalho e assim aumentarem seus lucros. Desde o final de 2015 a taxa de desemprego é superior a 11%.

A pandemia, que gerou uma crise ainda maior, fez com que o PIB, a quantidade de riqueza produzida no país, caísse ao mesmo nível de 2009! Mais de 800 mil empresas fecharam as portas e o desemprego ultrapassa pela primeira vez 14%.

“Como se não bastasse, a atual política de abastecimento fez com que a inflação, principalmente dos alimentos, ameace as condições de vida dos trabalhadores. Desde agosto vemos uma aceleração inflacionária e a projeção estimada do Banco Central para nossa data base que antes estava próximo dos 2% agora já está em 3,6%”, explica Vitor Hugo Tonin, economista e assessor do Sindicato Químicos Unificados.

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