As mídias nacionais e a internacionais fazem alarde sobre as eleições na Venezuela. Há quem diga que houve fraude, porém, não contam como é o processo eleitoral democrático no país. Além disso, enfrenta desde agosto de 2017, um bloqueio econômico internacional que limita o acesso ao mercado de crédito global. É preciso refletir com cautela antes de acusar de golpe ou fraude. João Pedro Stedile, dirigente do MST, explica o sistema eleitoral na Venezuela, sua eficiência e validação ao longo dos últimos anos. Segundo ele, em 25 anos foram 31 eleições ou plebiscitos realizados.
“Nenhum outro país fez tantas eleições em tão pouco tempo”
Disse. O sistema venezuelano é o da urna eletrônica combinado com o voto impresso. O eleitor é identificado pela sua digital. Depois, ele vota na urna eletrônica, em seguida sai o voto dele impresso, que pode ser conferido por ele mesmo e inserido numa urna comum. No final, os mesários contam a somatória do computador e conferem com os votos impressos. Eles fazem uma ata e entrega o resultado conferido dos votos impressos e eletrônicos. Esse sistema já foi checado por inúmeras instituições e todo mundo concorda que talvez seja o sistema mais seguro de garantir a vontade do eleitor.