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A avenida Paulista, no sentido Consolação, foi totalmente bloqueada às 17h40 desta quinta-feira (25), na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp) por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), sindicalistas, centrais sindicais e movimentos sociais. O MTST afirma que 15 mil pessoas se concentraram no local. A Polícia Militar não fez estimativa. O Sindicato Químicos Unificados e a Intersindical participaram da mobilização.
O objetivo é protestar contra o ajuste fiscal, a terceirização, a quebra de direitos trabalhistas e para exigir o início das obras do programa Minha Casa Minha Vida fase 3. O grupo do MTST é formado por quem mora em ocupações, inclusive crianças e idosos, a maioria vestindo vermelho, em alusão à denominação da manifestação: Quinta-feira vermelha.
Direito não se pede. Se exige!
“O governo federal está tomando uma série de medidas contra o trabalhador sob o nome de ajuste fiscal. Atacaram o emprego e agora a aposentadoria. Nós não vamos aceitar. Viemos exigir a liberação de verbas de moradia para o Minha Casa Minha Vida. Viemos exigir, porque direito não se pede, se exige”, disse Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST. Segundo Boulos, São Paulo tem um déficit de 700 mil moradias.
Presidência da República e Federação dos bancos
Após o ato na avenida Paulista, os manifestantes saíram em marcha pela avenida Rebouças, rumo ao Largo da Batata. No caminho, pararam, por volta das 19h, no escritório da Presidência da República em São Paulo, na esquina da Rua Augusta com a Avenida Paulista, onde protocolaram as reivindicações do ato. Na sequência, caminharam até a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), na avenida Faria Lima, onde fizeram protesto contra a especulação financeira e os altos juros e lucros do setor.
Manifesto e reivindicações da Quinta-feira vermelha
Estamos nas ruas contra a ofensiva da direita e o ajuste fiscal do governo, em defesa dos nossos direitos:
1) Contra o ajuste fiscal do governo federal, estados e municípios
Pelo lançamento imediato do programa Minha Casa Minha Vida 3, liberando as verbas da moradia popular. Não aos despejos!
Pela liberação das verbas da educação e em defesa das greves nas universidades.
Pelo fim do fator previdenciário e contra a progressividade na idade de aposentadoria.
2) Contra a ofensiva das pautas conservadoras no Congresso Nacional
Não à redução da maioridade penal, que pretende penalizar ainda mais a juventude pobre, negra e periférica.
Não à PL 131/15 que revê o regime de partilha do pré-sal.
Não ao projeto das terceirizações.
3) Contra a PEC da Corrupção aprovada em primeira votação na Câmara, que legitima o financiamento empresarial de campanhas eleitorais.
Estamos e estaremos sempre nas ruas contra estes ataques e em defesa de um programa de reformas populares para o país. O ajuste que defendemos é com taxação das grandes fortunas, redução da jornada sem redução de salários e garantia dos direitos sociais.
Assinam este manifesto
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Intersindical Central da Classe Trabalhadora Central Única dos Trabalhadores (CUT) Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) União Nacional dos Estudantes (UNE) União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) Unidos pra Lutar Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro) Sindicato dos metroviários de São Paulo Federação Única dos Petroleiros (FUP) Juntos Rua Juventude anticapitalista União da Juventude Socialista (UJS) Associação Nacional dos Pós graduandos (ANPG) Bloco de Resistência Socialista Uneafro Círculo Palmarino Coletivo Construção Coletivo Alicerce Coletivo Água sim, lucro não Igreja Povo de Deus em Movimento Fora do Eixo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) Nós da Sul