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Patrões endurecem negociações e trabalhadores dão início a greve

No atendimento das reivindicações dos trabalhadores do ramo químico na campanha salarial 2006. Ontem, em uma rodada de negociações na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a representação patronal negou-se a atender às reivindicações que abordam as cláusulas sociais que constam do acordo coletivo da categoria, que tem 1º de novembro como data base, e os trabalhadores e trabalhadoras da base territorial do Sindicato Químicos Unificados (Campinas, Osasco e Vinhedo) fazem avançar a luta na defesa de seus direitos e em novas conquistas.

Paralisação na Aldebras

A greve iniciada na manhã de hoje na Aldebras teve início após uma série de reuniões com tentativas de um acordo com a empresa, que inclusive sobre problemas específicos. Anteriormente, os trabalhadores da Aldebras eram obrigados a cumprir muitas horas extras, com jornadas que chegavam a até 14 horas diárias. Após pressão dos trabalhadores e do sindicato, de forma arbitrária a empresa implantou um plano de cargos e salários e uma jornada de trabalho, ambos considerados prejudiciais aos direitos e interesses dos funcionários.

Como compensação à excessiva jornada cumprida, como pontos específicos para a empresa na campanha salarial 2006 os trabalhadores incluíram a reivindicação de um reajuste salarial de 20% e tíquete refeição de R$ 150,00/mês. A empresa fez a contraproposta de reajuste salarial e no valor mínimo da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) em 5% além dos índices ainda a serem definidos na campanha salarial, e o tíquete no valor de R$ 75,00.

No entanto, Aldebras condiciona essa sua proposta a que os trabalhadores aceitem a jornada de trabalho extensiva a todos os sábados. Hoje ela ocorre em sábados alternados.

Na assembléia na manhã de hoje que decidiu pela greve, os trabalhadores afirmaram que aceitam as propostas econômicas da empresa desde que elas estejam desvinculadas da questão jornada de trabalho. A jornada seria renegociada à parte e independente.

A greve é por tempo indeterminado. A Adelbras Indústria e Comércio de Adesivos Ltda tem cerca de 200 trabalhadores, está localizada em Vinhedo e tem como base a produção de fitas adesivas.

Para mais informações sobre a greve favor contatar o dirigente sindical José Roberto pelo telefone/rádio (19) 7801.6532, que está na portaria da empresa junto com os trabalhadores, ou diretamente na Regional de Vinhedo do Sindicato Químicos Unificados pelo telefone (19) 3886.6264

Atraso na produção na EMS e na PPG

Assembléia com atraso na produção na manhã de hoje, na EMS Sigma Pharma, em Hortolândia

Com a aproximação do dia 31 de outubro, data da última rodada de negociações na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo entre os sindicatos do Ramo Químico e a patronal sobre a campanha salarial 2006, os trabalhadores aumentam a pressão nas fábricas com assembléias e atrasos no início da produção em cada turno.

Hoje, além da greve iniciada na Aldebras em Vinhedo, houve atraso na produção na EMS Sigma Pharma em Hortolândia, que tem cerca de 1.800 trabalhadores. Ontem, a mobilização foi na PPG Tintas, em Sumaré, que tem aproximadamente 200 trabalhadores.

Entre os pontos reivindicados, estão o aumento salarial de 10%, a efetivação dos trabalhadores terceirizados e a produção limpa, que significa a defesa da saúde dos trabalhadores, mais o respeito ao meio ambiente e à vida. A categoria química é uma das mais expostas a riscos de contaminação.

Na campanha salarial 2006 foram realizados atrasos na produção na Natura (em Cajamar), Girona Embalagens (Barueri), Saint Gobain Cerâmicas, Saint Gobain Abrasivos e Rei Abrasivos (em Vinhedo), na 3M (Sumaré), Fort Dodge (Campinas) e na Rhodia (Paulínia). Novas mobilizações estão programadas para os próximos dias.

Assembléia e atraso na produção na PPG Tintas, em Sumaré, no dia 26 de outubro

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