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Em assembleia da campanha salarial 2015 (foto de cima Campinas e abaixo Osasco), os(as) trabalhadores(as) químicos(as) aprovaram aceitar como patamar mínimo a proposta patronal de reposição do índice de inflação e da manutenção de todas cláusulas sociais na convenção coletiva da categoria, que tem data base em 01 de novembro. As assembleias no Sindicato Químicos Unificados foram realizadas na sexta-feira (23) às 18h na sede da Regional Osasco e hoje (25), às 10h, no Centro de Formação e Lazer (Cefol) da Regional Campinas.
O índice da inflação nos últimos doze meses é previsto para cerca de 10%. A previsão em números exatos é de 9,98%, com possível variação para pouco mais/pouco menos. Ele é medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e deverá ser divulgado no dia 07 de novembro. A campanha salarial dos químicos tem como base o período de 01 de novembro de 2014 a 31 de outubro de 2015.
No entanto, ainda conforme decisão nas assembleias, nas fábricas nas quais os trabalhadores se mantiverem mobilizados haverá continuidade da luta, e das assembleias, por aumento real nos salários, por valor maior na participação nos lucros e resultados (PLR) e pelo atendimento das reivindicações específicas entregues a cada empresa.
Ainda pela proposta patronal analisada na assembleia, a participação nos lucros e resultados (PLR) será no valor mínimo de R$ 930,00 nas empresas com até 49 trabalhadores e de R$ 1.030,00 nas com 50 ou mais.
Quadro econômico e político do país
Também foram, debatidas, antes da votação da proposta, o atual quadro econômico e político do país e do internacional. E o uso que a patronal, o governo e a mídia (imprensa, tvs, rádios, internet…) fazem da crise como pretexto para atacar e reduzir direitos da classe trabalhadora, tais como a liberação geral da terceirização, as aposentadorias, a redução da jornada com redução nos salários e o ajuste fiscal, entre outros. E apresentado um vídeo (fotos abaixo) com a atuação do Unificados nas manifestações em defesa destes direitos.
Campanha mais difícil desde 2008
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) afirma que as campanhas salariais em 2015 são as mais difíceis desde 2008 em razão da crise econômica nacional e internacional, instalada mundialmente há sete anos.
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que no primeiro trimestre do ano (o último publicado) 11% das categorias em campanha salarial tiveram reajuste salarial abaixo da inflação oficial. Outras tiveram proposta de reajuste salarial dividido em duas parcelas.
Atualmente, os bancários estão em greve desde 06 de outubro em razão de os banqueiros proporem um aumento de 5,7% contra a inflação de aproximadamente 10%. Ou seja, uma perda salarial de 4,3%.
No setor químico, inicialmente patronal queria reduzir direitos
No meio da crise econômica e política, a patronal do setor químico propôs inicialmente um reajuste abaixo do índice inflacionário e o corte de direitos sociais na convenção coletiva da categoria, a vigorar a partir de 01 de novembro.
Com o endurecimento dos dirigentes sindicais, os representantes das indústrias químicas aceitaram repor a inflação em sua totalidade e manter todas as cláusulas sociais.
OBS: As fotos que acompanham este texto foram editadas para evitar a identificação dos trabalhadores.
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