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O futuro começa agora!

 

Nos últimos meses, muito se falou sobre a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, e como o documento final do encontro, pouco pretensioso e sem metas para os países, decepcionou os participantes e organizações ligadas ao meio ambiente.

Além da conferência oficial da Rio+20, a cidade do Rio de Janeiro abrigou durante o mês de junho muitos outros eventos voltados para a sustentabilidade, grande parte deles desenvolvidos ou com grande participação de jovens. Entre eles a Cúpula dos Povos, o 6º Congresso Internacional da Juventude e a Youth Blast (Explosão da Juventude),

Conferência de Jovens

 

Congresso Internacional da Juventude e a Youth Blast (Explosão da Juventude)
Congresso Internacional da Juventude e a Youth Blast (Explosão da Juventude)

 

 

Eventos paralelos mostraram muito mais disposição para discutir e resolver os problemas enfrentados atualmente, como a crise econômica mundial e a degradação do meio ambiente, do que os chefes de estado na conferência oficial.

Os jovens hoje representam 30% da população mundial, e serão os principais afetados caso a degradação ambiental continue. Também são os que mais sofrem com a crise na economia mundial. Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que 75 milhões de jovens estão desempregados no mundo atualmente.

Na Espanha, um dos países mais afetados pela crise, 51% dos jovens estão sem emprego. Em Portugal são 24%. No Brasil, o desemprego também é apontado como um dos principais problemas para a juventude.

Nesta edição, o Jornal do Unificados traz uma entrevista com o jovem Alan Borges (foto superior), superintendente de estado de juventude do Rio de Janeiro, e um dos organizadores da Youth Blast.

ENTREVISTA

“Os jovens estão prontos para tomar decisões”

Jornal do Unificados: Qual é o principal objetivo da Conferência?

Borges: O principal objetivo da Youth Blast é preparar a juventude para discutir os problemas enfrentados atualmente. Preparar a juventude para discutir sobre a Rio+20. Na etapa nacional, estiveram presentes jovens do Brasil inteiro, e posteriormente, na etapa internacional, foram jovens do mundo inteiro. Tivemos mais de dois mil participantes.
Discutimos assuntos atuais como o desenvolvimento com sustentabilidade, redução da pobreza e desigualdade social, cultura e educação.

E no final das duas etapas apresentamos um conjunto das pautas casadas, elaboradas pela juventude brasileira e mundial para os chefes de estado, para a ONU, na Rio+20.

Jornal do Unificados: Qual é a importância da participação dos jovens nesse processo?

Borges: A Organização das Nações Unidas (ONU) precisa finalmente entender que a juventude é um agente direto e estratégico do desenvolvimento com sustentabilidade.

Jornal do Unificados: O que é desenvolvimento com sustentabilidade?

Borges: O desenvolvimento com sustentabilidade não é o desenvolvimento sustentável. Desenvolvimento sustentável como é propagado hoje por empresas e governos não existe. O desenvolvimento em si não é sustentável. É impossível.
Desenvolvimento com a sustentabilidade significa você desenvolver o seu local, o seu território, o seu país, e o mundo, mas garantindo as condições para a não degradação ambiental.

Você precisa criar medidas estruturantes para que esse desenvolvimento aconteça, não só emergenciais e compensatórias, como ocorre hoje.

Os governos precisam reconhecer que hoje já existe toda uma geração que vive no meio ambiente, precisa do meio ambiente, e viverá com as próximas gerações neste meio ambiente. Como jovens, somos os mais afetados.

Jornal do Unificados: Quais seriam essas medidas?

Borges: São muitas. Medidas sociais e ambientais. Alguma mais simples, outras mais complexas. Passa por criar tetos verdes nas empresas, nas casas que serão construídas daqui para frente.

Passa pelo cuidado e muito respeito quando forem necessárias as remoções de famílias, independentemente dos motivos.  Com educação, valorização dos direitos humanos.

A forma como as remoções têm sido feitas no Rio de Janeiro, por causa da Copa e das Olimpíadas, tem gerado muitas críticas.
Esse é um tema contemporâneo, carece de uma série de mecanismos de como fazer. Ainda faltam muitas questões, muito para se fazer, mas o diálogo e a participação social são o mais importante.

Ouvir a população, o que ela tem a dizer, e fazer um aprendizado através da troca. A prefeitura e o estado também podem aprender com a população. Essa troca é fundamental para garantir a sustentabilidade.

Jornal do Unificados: Qual é o principal legado da Youth Blast?

Borges: O principal legado aqui é a aprovação da resolução que aponta a necessidade da ONU colocar uma cadeira da juventude. Ter um acento da juventude.

A juventude representa 30% da população mundial, os jovens estão prontos para tomar decisões. Existem bilhões de jovens pelo mundo, e eles discutem problemas ambientais, sociais, então não tem porque não ouvir essa faixa etária que mais consome e que hoje também mais sofre com a degradação mundial.

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