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Vitória na Ceralit, em Campinas, na luta e na lei

Com os primeiros 19 trabalhadores recebendo integralmente seus direitos trabalhistas, na manhã de hoje (17/11/11) teve início em uma assembleia o último capítulo de uma vitoriosa história de dez anos de muita luta, dificuldades e unidade nos objetivos dos trabalhadores da Ceralit S.A. Indústria e Comércio, em Campinas.

Os valores que os trabalhadores começaram hoje a receber têm origem na venda da área onde antes funcionava a empresa. A venda da área para pagamento dos trabalhadores foi feita mediante decisão judicial, em ação impetrada pelo Unificados e pelos trabalhadores.

 

 

 

Trabalhadores em assembleia dia 17/06/11 em local onde antes funcionava a Ceralit

 

 

 

Simbolismo e emoção

A assembleia com início dos pagamentos foi em frente à área onde antes estava instalada a Ceralit, às margens da rodovia Anhanguera. O local foi simbolicamente escolhido, pois foi palco de muitas mobilizações e grande parte dos trabalhadores esteve na Ceralit por um período de 30 a 40 anos.

Por ser praticamente a última vez em que todos se encontravam no local, muitos se emocionaram junto às companheiras e companheiros de décadas de dificuldades.

A partir de agora os pagamentos serão realizados no Sindicato Químicos Unificados.

 

 

 

Marcel Barbosa, advogado, e Valdir de Souza (dir.), dirigente do Unificados, na assembleia

 

 

 

A história

Após longo período com atraso constante em salários, não recolhimento de INSS e FGTS, sem férias e 13º salário, entre outros, a Ceralit S.A. Indústria e Comércio, em Campinas, encerrou a produção.

O Unificados e os trabalhadores entraram com ação na Justiça, venceram, mas a Ceralit, condenada, não tinha como pagar.

Trabalhadores e Unificados voltaram à Justiça e pediram que terrenos da empresa fossem dados em garantia para pagamento da dívida, uma medida que é chamada de “arresto”.

Posteriormente, todas as áreas foram vendidas, a Justiça determinou que o valor fosse entregue ao sindicato que, agora, está repassando (pagando) aos trabalhadores os direitos que tinham e que a Ceralit não cumpria.

São cerca de 180 trabalhadores que moveram ações e que agora receberão seus direitos, em um total projetado em R$ 8 milhões. Em seu auge, a Ceralit chegou a ter 600 trabalhadores.

 

 

 

Valdir de Souza, dirigente do Unificados, faz pagamento de direitos a trabalhador da Ceralit
Trabalhadores em greve ocupam a Ceralit, em fevereiro de 2008 (foto: João Zinclar)
Trabalhador coloca faixa de protesto na Ceralit, em fevereiro/2008 (foto: João Zinclar)

 

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