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Ato em defesa do Aterro Mantovani, domingo pela manhã

 

A 13ª Romaria da Terra e das Águas de São Paulo tem como tema a cobrança pela recuperação de uma área contaminada, o Aterro Mantovani, situado entre os municípios de Santo Antônio de Posse e Holambra, na Região de Campinas e a responsabilização das empresas causadoras.

A manifestação será no dia 21 de agosto, com concentração às 8 horas no km 147 da rodovia Campinas/Mogi Mirim, seguida de uma caminhada de aproximadamente até 2 km até o aterro, seguida de ato político. A 13ª Romaria é uma realização da Comissão Pastoral da Terra do Estado de São Paulo (CPT) e tem o apoio da Associação das Vítimas, do Sindicato Químicos Unificados, da Intersindical e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O crime

 

Vista aérea de águas contaminadas no Aterro Mantovani

 

O Aterro Mantovani é um dos maiores crimes ambientais cometidos no Brasil. Nele foram despejadas, de forma irresponsável e consciente, principalmente por indústrias multinacionais, cerca de 350 mil toneladas de resíduos tóxicos, o que causou a contaminação do solo, da água e doenças na população de toda a região.

Passados 37 anos de sua abertura, até hoje poucas medidas efetivas foram tomadas para recuperar a degradação ambiental e nenhuma das cerca de 60 empresas que cometeram esse crime foi severamente punida.

Romaria

Para cobrar a recuperação da área e exigir a responsabilização das empresas que provocaram a contaminação, o Aterro Mantovani é o tema da 13ª Romaria da Terra e das Águas de São Paulo.

O Aterro Mantovani está localizado em uma área de 31 hectares, entre os municípios de Santo Antônio de Posse e Holambra, na região de Campinas.

História

 

Lodo contaminado retirado no Aterro Mantovani

 

Entre 1974 e 1987 (ano em que foi fechado pela Cetesb), o Aterro Mantovani recebeu todo tipo de resíduo industrial perigoso, como por exemplo metais pesados, sem qualquer tipo de tratamento ou precaução. Essa área, contaminada, está situada na Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. No seu subsolo encontra-se o Aquífero Bauru, que contribui para a alimentação do importante Aquífero Guarani, que é a maior reserva subterrânea de água doce do mundo.

Durante anos, nada disso foi levado em conta pelas multinacionais, que criminosamente continuaram a despejar lixo tóxico, e nem pelo governo do Estado de São Paulo, que se manteve omisso e até chegou a autorizar o depósito.

Até hoje não há uma solução definitiva para o problema. A poluição continua a avançar pelo subsolo e a população do entorno a sofrer com seus efeitos a partir do solo que vive, da água que bebe e do ar que respira.

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