O Sindicato Químicos Unificados declara total apoio aos Metroviários de São Paulo, em greve desde 0h do dia 05/06. Esta categoria profissional vem há anos sendo atacada pelos sucessivos governos tucanos no estado de São Paulo.
Defendemos que os metroviários tenham assegurado o seu direito de greve, de lutar no período de sua data base por melhores condições de trabalho. O governo estadual tenta fazer uso político da situação para esconder os problemas com o transporte público, resultado da falta de investimentos e política privatista. O caos no transporte público pode ser observado diariamente nos horários de pico nas estações com maior fluxo de pessoas.
Neste domingo (06/06), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) considerou abusivo o movimento grevista. No entanto, a greve cumpriu as determinações legais para ser realizada, tendo sido comunicada com 72h de antecedência, conforme legislação vigente. Repudiamos esta decisão do TRT-SP e é ela que consideramos ilegal, na medida em que os trabalhadores têm o direito de manifestar-se contra os abusos cometidos há anos pelo governo do estado de São Paulo.
Ao terceirizar serviços e privatizar as linhas Lilás e Amarela, o governo dividiu os Metroviários. Ao não realizar concursos públicos para a reposição de pessoal, submete os trabalhadores a jornadas excessivas, sucateando o serviço com a intenção clara de entrega-lo à iniciativa privada. Repudiamos também a violenta repressão cometida pela Polícia Militar contra grevistas.
As reivindicações
A luta dos metroviários de São Paulo vai além da reivindicação de aumento de salários. Estamos juntos em luta por:
* Pelo direito de realizar greve, de lutar por reivindicações;
* Pelo fim das privatizações impostas pelo governo do estado com a utilização Parcerias Público Privadas (PPPs) no projeto de expansão;
* Pelo combate à corrupção, com demissão e confisco dos bens e cadeia para todos os corruptos e corruptores envolvidos nas denúncias de cartel no Metrô;
* Contra a criminalização dos movimentos sociais;
* Pela imediata liberação dos detidos na greve;
* Pela Participação nos Resultados (PR) igualitária;
* Pela reintegração dos aproximadamente 60 trabalhadores demitidos.
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“Metrô e Judiciário cometem ilegalidades contra direito de greve dos metroviários“, por: Jorge Luiz Souto Maior, professor livre-docente de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da USP.