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Integralista parte para agressão física em votação de projeto medieval na Câmara de Campinas

Numa sessão tensa, marcada por conflitos e agressões, a Câmara Municipal de Campinas/SP aprovou na noite de segunda-feira (29/06/2015), em primeira votação, o projeto de emenda à Lei Orgânica que veta a inclusão de gênero no Plano Municipal de Educação. O público presente era formado por grupos contra e a favor da emenda.

Manifestantes na sessão da Câmara Municipal de Campinas, na votação do projeto
Manifestantes na sessão da Câmara Municipal de Campinas, na votação do projeto

Na medida em que a votação se aproximava, o representante do Movimento Integralista (veja ao final da matéria) Linear Brasileiro, Cássio Guilherme (foto acima), agrediu covardemente a professora Carolina Figueiredo, militante do PSoL e do Coletivo Rosa Lilás, que fez boletim policial de ocorrências. A agressão foi na frente da Guarda Municipal de Campinas, que se omitiu.

Assista a agressão

O agressor, na margem esquerda da foto. A mancha na imagem é o seu braço se movimentando para consumar a agressão
O agressor, na margem esquerda da foto. A mancha na imagem é o seu braço se movimentando para consumar a agressão
O agressor, na margem esquerda da foto, com seu braço já abaixado e acertando a vítima
O agressor, na margem esquerda da foto, com seu braço já abaixado e acertando a vítima

SIGA ESTE ENDEREÇO para assistir o vídeo da agressão, produzido pela TVMOV.
O agressor foi identificado como Carlos Guilherme, que se diz representante do Movimento Integralista (veja mais abaixo) Linear Brasileiro.

Medieval – Vereadores querem a volta da “Idade das Trevas”

Na semana em que se comemora o Dia Internacional do Orgulho Gay (28 de junho) e com o mundo festejando a aprovação do casamento gay nos Estados Unidos (no Brasil está aprovado desde 2013), a maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Campinas porta-se como se estivessem vivendo ainda na Idade Média (Datada entre os anos de 476 e 1453, o período ficou conhecido como os “Anos Escuros” ou “A Idade das Trevas”).

Por vinte e cinco votos contra cinco, eles aprovaram uma emenda radical à Lei Orgânica do Município que veta a inclusão da chamada “ideologia de gênero” no Plano Municipal de Educação. Votaram contra os vereadores do PSOL, PCdoB e PT.

O projeto é considerado inconstitucional e haverá recurso jurídico para impedir que venha a ser debatido em segunda votação, prevista para ocorrer em agosto devido ao recesso (férias) dos vereadores em julho.

Ignorância radical

Ela proíbe que o prefeito inclua o tema – direta ou indiretamente – no currículo escolar e impede que a própria Câmara venha a fazer proposições a respeito. No seu único parágrafo, a emenda diz que “não será objeto de deliberação, qualquer proposição legislativa que tenha por objeto a regulamentação de políticas de ensino, currículo escolar, disciplinas obrigatórias – ou mesmo de forma complementar ou facultativa – que tendam a aplicar a ideologia de gênero, o termo “gênero” ou “orientação sexual”.

Resumidamente, a ignorância radical e assumida. Uma enorme ignorância e mediocridade pessoal e intransferível que os vereadores que votam a favor do projeto querem submeter toda a população de Campinas.

O integralismo

A bandeira do Integralismo, portada pelo grupo do agressor na sessão da Câmara Municipal de Campinas
A bandeira do Integralismo, portada pelo grupo do agressor na sessão da Câmara Municipal de Campinas
Cássio Guilherme, o agressor na Câmara de Campinas, durante manifestação de rua dos integralistas
Cássio Guilherme, o agressor na Câmara de Campinas, durante manifestação de rua dos integralistas

Os grupos integralistas são praticantes de valores de intolerância (inclusive com agressões físicas – os chamados “carecas” caminham junto a eles em pensamento), marcados pelo chauvinismo (patriotismo fanático e agressivo), racismo e pelo discurso contra os imigrantes. Resumidamente, a insanidade do neofascismo e neonazismo que todos conhecem os resultados pela 2ª Guerra Mundial.

Para facilitar a compreensão em termos atuais, os integralistas compõem a chamada “extrema-direita”.

Os integralistas apoiaram a ditadura militar desde seu início, participando com estrutura física, falsidade ideológica na propagação de mentiras e com dedoduragem para a prisão (com consequente tortura e morte) dos que combatiam os chamados “anos de chumbo” no Brasil (1964 a 1985).

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