O parlamento italiano aprovou ontem (14/09/11) um segundo pacote de “austeridade econômica”, o que provocou revolta e protestos da população. Na prática, “austeridade econômica” significa, quebrar direitos dos trabalhadores, dificultar a aposentadoria, aumentar impostos e reduzir gastos sociais como, por exemplo, na saúde, educação, transporte, alimentação e seguridade social.
Para hoje estão previsots novos protestos. As maiores centrais sindicais do país estão convocando os trabalhadores para uma greve geral.
Com 314 votos a favor e 300 contra, o parlamento italiano aprovou um novo plano de austeridade no montante de 54 bilhões de euros. O primeiro, aprovado em 15 de julho, tinha o valor de 79 bilhões de euros.
Junto ao parlamento, centenas de manifestantes protestaram contra o plano de austeridade. Convocados pelos COBAS (Confederação dos comitês sindicais de base), os manifestantes gritaram contra as políticas de austeridade, insultaram os membros do governo e da maioria de direita e lançaram bombas de fumaça.
A polícia carregou sobre os manifestantes, que atiraram também corações de animais, em referência a declarações de Berlusconi de que as medidas de austeridade lhe colocavam o coração em sangue, segundo o Sol citando o Corriere della Sera.
O segundo pacote italiano de austeridade, exigido pelo Banco Central Europeu (BCE) para comprar dívida italiana e pela pressão dos mercados financeiros e das instituições da União Europeia, é composto por várias medidas: aumento da taxa do IVA de 20% para 21%; facilitação das demissões, que esteve na base da convocação da greve geral na semana passada pela CGIL (a maior central sindical italiana); antecipação de 2016 para 2014 do aumento da idade de aposentadoria das mulheres, dos 60 para os 65 anos.
O plano prevê ainda um imposto de 3% sobre os rendimentos superiores a 300 mil euros por ano, durante o período 2011/2014.
Fonte: revista Carta Maior
Imagens
Veja fotos (de agências internacionais e publicadas pelo portal Uol) do protesto de 14/09 na Itália, logo após a aprovação das medidas econômicas pelo governo: