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Pressão de trabalhadores adia novamente votação da terceirização na Câmara

O projeto de lei (PL) da terceirização (4330/04) que seria votado na terça-feira (03) teve sua apreciação adiada após novas manifestações contrárias a sua aprovação.  O objetivo deste PL é implantar a terceirização sem nenhuma restrição no país. Os trabalhadores que compareceram à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara de Deputados foram recebidos com gás de pimenta e pancadas de cassetetes pela Polícia Militar.

Por volta das 14h, horário marcado para iniciar a sessão, já havia um enorme cordão de isolamento composto por soldados da PM em frente à entrada do Anexo 2 da Câmara dos Deputados. Com a demora para iniciar a sessão e a proibição da entrada dos trabalhadores, a tensão aumentou, deflagrando o conflito. “Retardaram demais a sessão e colocaram um monte de Polícia Militar na porta do Congresso, não queriam deixar entrar ninguém e houve muita pancadaria”, disse Alexandre Caso, dirigente do Coletivo Bancários na Luta e da Intersindical.

Repressão sobre manifestações contra o projeto de terceirização - Foto Valter Campanato/ABr
Repressão sobre manifestações contra o projeto de terceirização - Foto Valter Campanato/ABr
Apesar a violenta repressão, os trabalhadores entraram e a sessão foi cancelada, fazendo com que o projeto não fosse colocado em votação. Os deputados da CCJC retomariam as atividades na manhã de ontem (04), porém novamente a sessão foi cancelada devido à mobilização da classe trabalhadora.

O presidente da CCJC, deputado Décio Lima (PT-SC), informou que o projeto será votado diretamente no Plenário pelos 513 deputados, conforme acordo feito entre o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB –RN) e líderes partidários. Os líderes devem apresentar na próxima terça-feira (10) requerimento de urgência para que a matéria vá direto para o Plenário.

A Intersindical esteve presente em Brasília participando das mobilizações contra o projeto de lei 4330/04. “A terceirização em si mesma é um ataque à classe trabalhadora a ser combatido cotidianamente. Nesse sentido, nossa luta é pela imediata retirada e total anulação do PL 4330 e pela aprovação de leis trabalhistas que visem ampliar, concretamente, os direitos dos trabalhadores.”, afirma a direção da central sindical da qual o Unificados faz parte.

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