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Unificados presente em atos pelo Dia do Trabalhador em Campinas e São Paulo

O Sindicato Químicos Unificados participou hoje de atos em São Paulo e Campinas (foto acima – no largo da Catedral) pelo 1º de Maio, o Dia Internacional do Trabalhador. Sindicatos, centrais sindicais, partidos de esquerda, militantes de movimentos de luta por moradia e reforma agrária estiveram juntos em manifestações sem interferência de governos e patrões.

Os dirigentes das regionais Campinas e Vinhedo do Unificados participaram da passeata que saiu do largo do Pará em direção ao largo da Catedral Metropolitana de Campinas. Já os dirigentes do Unificados da Regional Osasco estiveram presentes na manifestação realizada na praça da Sé, em São Paulo.

 

A passeata do largo do Pará para o largo da Catedral, em Campinas
A passeata do largo do Pará para o largo da Catedral, em Campinas

A redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e do projeto de lei 4330 da terceirização, a melhoria dos serviços públicos, o combate às privatizações, a luta por melhores salários, moradia digna, o fim da criminalização dos movimentos sociais e reforma agrária são reivindicações da classe trabalhadora ainda não atendidas e que orientam a luta unificada.

 

Rosângela Paranhos: 1º de Maio teve origem na luta pela redução da jornada. Hoje, muitas reivindicações e direitos exigem mais luta
Rosângela Paranhos: 1º de Maio teve origem na luta pela redução da jornada. Hoje, muitas reivindicações e direitos exigem mais luta

Durante a passeata, a dirigente da Regional Campinas do Unificados, Rosângela Paranhos, relembrou a origem do 1º de maio, que nasceu da luta pela redução da jornada de trabalho para 8 horas ao dia. Ela destacou que hoje, a classe trabalhadora tem que lutar para que não haja retrocessos. “O projeto de lei 4330 colocará a terceirização em todos os setores, inclusive as atividades fim das empresas. A precarização será muito maior, por isso é preciso acabar com este projeto.”, afirmou.

 

Arlei Medeiros: “Precisamos de um novo projeto de governo para o país."
Arlei Medeiros: “Precisamos de um novo projeto de governo para o país."

Arlei Medeiros, dirigente dos Químicos Unificados e presidente do Psol-Campinas, destacou que além de lutar dentro das fábricas é necessário lutar por outra política de desenvolvimento. “Precisamos de um novo projeto de governo para o país porque este está errado. Gasta-se mais recursos com a dívida pública que com serviços básicos para o povo. É preciso outra dinâmica de participação na América Latina. É responsabilidade nossa não nos rendermos e lutarmos por um mundo melhor”, disse.

 

Ademar (Palhinha): "Epidemia de dengue em Campinas é resultado da negligência da administração municipal."
Ademar (Palhinha): "Epidemia de dengue em Campinas é resultado da negligência da administração municipal."

A saúde dos trabalhadores e da população de Campinas foi tema da fala do dirigente da Regional Campinas, Ademar Tuca, que falou em nome da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora. Ele criticou a negligência do atual governo da cidade de Campinas em relação à epidemia de dengue, que registra cerca de 17 mil casos.

Fotos do 1º de Maio na praça da Sé, em São Paulo

Manifesto pelo Dia do Trabalhador

 

Dirigentes e militantes do Sindicato Químicos Unificados, Intersindical e Psol durante o 1º de Maio em Campinas
Dirigentes e militantes do Sindicato Químicos Unificados, Intersindical e Psol durante o 1º de Maio em Campinas

 

Muitos de nós não sabemos o que foi preciso para os trabalhadores conquistarem a jornada de 8 horas. Trabalhava-se 12 e até 16 horas por dia. O Dia do Trabalhador, 1º de maio, nasceu justamente de uma das inúmeras greves pela jornada de 8 horas, a greve geral dos trabalhadores de Chicago, cidade dos Estados Unidos, em 1886, fortemente reprimida com prisões e mortes.

Hoje, esta conquista e muitas outras estão sendo atacadas. No Brasil, o projeto de leio 4330, apoiado pela grande maioria dos parlamentares, quer legalizar a terceirização até no produto fim, uma terceirização sem limites, para acabar com pisos salariais, cortar direitos adquiridos em convenções coletivas, dividir ainda mais os trabalhadores.

Significativamente, neste ano em que se completam 50 anos do golpe civil-militar que instaurou a ditadura, a própria presidenta lança o AI-5 da Copa, para criminalizar a luta dos(as) trabalhadores(as).

A Copa da Fifa é usada como argumento tanto para estabelecer mão de obra precária e até sem remuneração como para proibir e punir os movimentos por direitos.

Principalmente os que estão nas questionando: “Copa Pra Quem?”

Banco de horas, terceirização, precarização do trabalho e do contrato, privatização dos serviços públicos, acompanhadas por proibição de greves, interdito proibitório e muita repressão são medidas invocadas pelos empresários de todos os setores, banqueiros, industriais, donos do comércio e do agronegócio como necessárias para a “liberdade de mercado”.

O que eles não dizem é que esta liberdade de lucrar/explorar só existe à custa da miséria e da falta das outras liberdades, a de manifestação e organização da população em geral.

Fonte: Manifesto sobre o 1º de Maio de 2014, assinado pelo Sindicato Químicos Unificados e pela Intersindical, junto a diversas outras entidades representativas dos movimentos dos trabalhadores, sociais, populares, partidos de esquerda, meio ambiente, etc.

A história do 1º de Maio

 

Repressão a trabalhadores, em Chicago, nos Estados Unidos, em 1º de maio de 1886
Repressão a trabalhadores, em Chicago, nos Estados Unidos, em 1º de maio de 1886

A história do Dia do Trabalhador tem início no ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio daquele ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. A mobilização cresceu e deu início a uma grande greve geral nos Estados Unidos.

Durante a greve, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores e ocorreram então outros enfrentamentos com policiais. Em um dos conflitos, policiais começaram a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze trabalhadores e dezenas de feridos.

Vários trabalhadores foram presos, e oito líderes condenados: cinco à morte na forca, dois à prisão perpétua e um a 15 anos de cadeia.

Saiba mais

ACESSE AQUI e saiba tudo sobre a história do 1º de Maio, publicado pelo Núcleo Piratininga de Comunicação – NPC.

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