Dia Internacional da Mulher teve origem operária; data é para lembrar das conquistas sociais, políticas e o combate à violência de gênero
O dia 8 de março tem origem na luta operária, com passeatas e lutas das mulheres socialistas por melhores condições de trabalho. Por isso, dirigentes mulheres e homens dos químicos unificados vão às ruas de Campinas e São Paulo para pedir o fim da violência contra as mulheres, do machismo, do racismo, da fome, além de lutar por igualdade e oportunidades no ambiente de trabalho.
De acordo com o IBGE, o salário da mulher é 22% menor em relação ao homem. Quando consideramos, junto com o sexo, a raça, a diferença é maior. Conforme dados do IBR/ FGVA, a média salarial de mulheres negras é 48% do que homens brancos recebem em média. Menos da metade.
No ano passado, um avanço importante foi dado para tornar os salários mais justos. O objetivo da nova lei é promover a igualdade de direitos no trabalho, o combate à pobreza, racismo, opressão às mulheres e outras formas de discriminação social que levam a desigualdades históricas.
A CLT já proibia a diferença salarial entre profissionais de mesmo cargo. No entanto, a nova lei sancionada pelo presidente Lula aplica maior punição e fiscalização nas empresas onde existe essa prática. A nova lei aumenta em até 10 vezes a multa nos casos em que a mulher receber menos do que o homem fazendo a mesma função. As empresas que não cumprirem a Lei estão sujeitas ao pagamento de indenização por danos morais para casos de discriminação por sexo, raça, etnia, origem ou idade.
A luta das mulheres acontece diariamente. O machismo que existe na sociedade oprime, cala e mata. Entre janeiro e junho de 2023, o feminicídio cresceu 2,6% a mais do que nos primeiros seis meses de 2022, sendo considerado o maior número da série histórica. É preciso intensificar a luta das mulheres.
É por isso que o 8 de março é uma data importante para que estejamos unidos. Se informe sobre as manifestações que acontecerão na sua região e participe dessa luta! Em São Paulo, o 8 de março será no vão do MASP, na Avenida Paulista, a partir das 17h. Em Campinas, o ato acontecerá no Largo do Rosário, a partir das 17h. Além de ir para as ruas, essa é uma luta diária de todos e todas contra o feminicídio, o machismo e a misoginia. O lugar da mulher é onde ela quiser estar!