No dia 19 de outubro, a diretoria do Sindicato realizou uma assembleia com os trabalhadores da Pro Nova, empresa de cosméticos localizada em Jandira.
De acordo com denúncias que chegaram ao sindicato, a empresa está pressionando para aumentar a produção e ajustou a velocidade das máquinas para além da capacidade dos trabalhadores. Essa medida vem causando desorganização e sobrecarga de trabalho, uma vez que a empresa também reduziu o número de funcionários por linha de produção e não há revezamento.
Uma das bandeiras historicamente levantadas pelo sindicato Químicos Unificados diz respeito à importância de um ambiente de trabalho digno, que respeite a integridade física e psicológica do trabalhador.
Em algumas empresas, os riscos à segurança não são visíveis e é por isso que o sindicato alerta para o que está acontecendo na Pro Nova, pois a pressão para produzir está associada ao assédio moral e gera diversos problemas de saúde, como depressão, Lesão por Esforço Repetitivo (LER/DORT) e acidentes com perdas de membros.
Sindicato cobra respostas da empresa
Uma notificação extrajudicial foi entregue à Pro Nova relatando o teor das denúncias e solicitando uma reunião com membros da chefia para debater providências. Além da pressão para produzir, o sindicato recebeu denúncias de maus tratos e humilhação. Os trabalhadores reclamam de não ter tempo para beber água e ter as idas ao banheiro controladas.
A Pro Nova já possui um histórico de conduta desrespeitosa. No ano passado, a empresa instalou um mural com fotos dos trabalhadores e suas características profissionais, o que causava exposição e constrangimento. Após denúncias do sindicato, a empresa assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado perante o Ministério Público do Trabalho, no qual se comprometia a suspender essa prática e não mais cometer atos que configurem assédio moral.
O sindicato solicitou a mediação do MTE e convoca os trabalhadores a se mobilizaram para dar um basta nessa situação, pois a empresa já foi notificada dos problemas e novas assembleias ocorrerão caso medidas efetivas nãos sejam tomadas.