Em defesa da valorização do salário mínimo e dos benefícios sociais. Contra a hipocrisia dos rentistas: que os ricos paguem a conta!
A economia real do país vem apresentando indicadores há muito não vistos. O PIB cresce, o desemprego cai e os salários voltam a ter ganhos reais. Mas os parasitários que vivem de rentismo não estão satisfeitos com isso. Pressionam pelo fim da política de valorização do salário mínimo, pela redução do valor dos benefícios e pelo fim dos pisos constitucionais de investimento em educação e saúde.
Esses setores que dominaram a política econômica dos governos Temer e Bolsonaro querem impor a sua agenda ao governo Lula. Para isso tem usado além do já conhecido terrorismo fiscal, a especulação contra o real. Não há explicação para esse aumento do dólar que não seja a instrumentalização política por parte dos grandes donos da riqueza financeira do país.
A sanha dos banqueiros e especuladores é infinita, não é possível buscar mediação com eles, erra Haddad e o governo que pra agradar o mercado financeiro, banqueiros, especuladores e rentistas diminui a valorização do salário mínimo, dificulta, restringe e reduz os beneficiários do BPC, reduz significativamente quem terá direito ao abono salarial, restringe o bolsa família e os recursos do FUNDEB.
Os movimentos sociais e sindicais não admitem e não aceitam que 62% do ajuste fiscal saia dos brasileiros mais pobres, onde no Brasil a cada dia os ricos ficam mais ricos. Esta política de ajuste fiscal piora ainda mais a desigualdade social. Uma contradição profunda com o projeto de governo desejado pelos trabalhadores e movimentos sociais.
É imprescindível manter a atual política de valorização do salário mínimo e as regras dos benefícios sociais. Para isso é fundamental acabar com os privilégios dos super ricos.
Precisamos que de fato os ricos paguem as contas reduzindo as isenções fiscais; instituindo impostos sobre lucros e dividendos; implantando impostos mais progressivos; acabando com os privilegios de Estado que ganham acima do teto constitucional, e os privilégios de setores específicos de Estado como militares e altas cúpulas do judiciário.
O Banco Central precisa proteger as finanças públicas e parar de aumentar os juros, que são os principais responsáveis pelo aumento da despesa do governo. Precisa também agir para evitar que nossa moeda seja tão vulnerável aos ataques especulativos que vitimiza por meio da inflação a maior parte do nosso povo, neutralizando os ganhos reais de salário.
Sabemos, que no fundo, os rentistas e sua representação parlamentar que é majoritária no Congresso Nacional atuam para desmoralizar o governo Lula junto ao povo trabalhador que o elegeu. Com apoio efusivo da grande mídia, o rentismo busca inviabilizar o governo para preparar a vitória da extrema direita ultraliberal travestida de moderada. Cabe às organizações da classe alertar nosso povo sobre as ações antipopulares e antinacionais do rentismo e defender as conquistas sociais que obtivemos ao longo da nossa história de lutas.
Contra os rentistas, em defesa do salário mínimo e dos benefícios sociais.
Químicos Unificados – Intersindical Central da Classe Trabalhadora
11 de dezembro de 2024