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ASSEMBLEIA SHERING WILLIANS-1-18

SW de Sumaré persegue trabalhadores

A empresa, apesar de altos lucros, obriga os funcionários a assinarem acordos individuais de redução de jornada e salário, além de assédio moral dentro da fábrica segundo denúncia dos trabalhadores

A fábrica de tintas Sherwin Williams, localizada em Sumaré, tem tomado diversas decisões que estão deixando os trabalhadores indignados. Em virtude da pandemia do covid-19 que estamos vivendo, a empresa optou por aderir à MP-936, que permite a suspensão ou redução da jornada e salário. A empresa não entrou em contato com o Sindicato Químicos Unificados para realizar uma negociação de acordo coletivo, alegando que os trabalhadores entenderam o momento e pressionaram para que eles assinassem acordos individuais. Os trabalhadores e trabalhadoras da empresa sabem que, caso se recusassem a assinar, seriam demitidos.

Um dirigente sindical, trabalhador da SW, se recusou a assinar o acordo individual sabendo que era incorreto e prejudicial para todos os trabalhadores. Após a recusa, foi chamado na sala da Diretora de produção, que o questionou. Apenas neste momento, a empresa entrou e contato com o sindicato para entender a razão do dirigente não assinar, utilizando a frase “pau que bate em Chico bate em Francisco”, para dizer que todos os trabalhadores são iguais.

A incoerência da SW é tão grande que, mesmo o dirigente não assinando o acordo individual, ela realizou a redução de salário do trabalhador, sem a assinatura dele. A frase utilizada pela gerente não condiz com a realidade. Muitos trabalhadores são punidos de forma arbitrária.

Apesar da redução de salário e jornada, a empresa força todos trabalharem em ritmo acelerado em apenas 4 dias da semana, tendo em vista que a produção se manteve igual aos meses anteriores ao da pandemia. Tal pressão faz com que aconteça diversos acidentes de trabalho. Em um deles, foi solicitada a abertura de um reator às pressas, sem aguardar a orientação do técnico de segurança do trabalho da empresa. Ao abrir o equipamento, explodiu resina quente em diversos trabalhadores, queimando de forma grave muitos deles! Os trabalhadores da produção receberam advertência pelo ocorrido, no entanto, aqueles que mandaram (supervisor e encarregado) realizar a abertura do reator, não foram punidos de forma alguma!

Outro exemplo é sobre um trabalhador, que não tinha nenhuma advertência e prestava serviços há mais de 10 anos na empresa. Ele foi demitido por justa causa após fumar em local inapropriado (fora do fumódromo). No entanto, há relatos que em outras situações consideradas gravíssimas (praticadas por pessoas com cargo de confiança), não foram tomadas nenhuma providência, demonstrando perseguição aos trabalhadores da produção.

O Sindicato Químicos Unificados recebeu diversas denúncias no último período sobre assédio moral dentro da fábrica. Segundo trabalhadores, o assédio tem se tornado recorrente neste momento e a empresa, apesar de ciente da situação, não toma nenhuma providência, em especial no setor “colorgin” dentro da fábrica. Em 2019, na campanha salarial, foi realizada greve em virtude de todos os assédios que estavam ocorrendo dentro da fábrica. Após greve e apoio do sindicato, os responsáveis foram demitidos da empresa. No entanto, isso voltou a ocorrer. A empresa está ciente de todos os fatos e o sindicato tomará providências caso a situação não mude.

O prejuízo é sempre dos trabalhadores e trabalhadoras!

O economista do Sindicato Químicos Unificados realizou um levantamento de dados e verificou que no ano passado (2019) a SW faturou 17,9 bilhões de dólares das quais obteve um lucro de 2 bilhões e 900 milhões de dólares. Neste ano, entre janeiro e março, a empresa faturou 4 bilhões 146 milhões de dólares, um crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Resumindo, a empresa tem obtido até março deste ano resultados extremamente positivos e tem caixa suficiente para suportar alguns meses de queda no faturamento. O que ela está fazendo com toda essa lucratividade?

Há recursos mais que suficientes para manter o salário de seus trabalhadores durante o período de queda no faturamento que poderá vir com a pandemia. Mas em vez disso tem promovido cortes salariais através da pressão individual, sem negociar com o sindicato.

Trabalhadores e trabalhadoras da Sherwin Williams!
É muito importante a sua denúncia sobre as irregularidades que acontecem dentro da empresa. O Sindicato Químicos Unificados está do seu lado e já entramos em contato com a SW para informar os problemas apresentados e pedir providências.

Sindicato Químicos Unificados é um sindicato de luta e que está junto com os trabalhadores e trabalhadoras!

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