Os/as trabalhadores/as da Merial Boehringer, em Paulínia, aprovaram estado de greve, durante assembleia realizada pelo Unificados nesta segunda-feira (09/04) em defesa do pagamento de cesta alimentação no valor mínimo de R$ 300,00 para todos/as trabalhadores/as. A reivindicação dos/as companheiros tem cinco anos e existe desde quando a empesa pertencia ao grupo francês Sanofi.
Logo que a Merial foi comprada pela multinacional alemã Boehringer, em 2017, o Unificados encaminhou a reivindicação sobre o pagamento da cesta, porém não houve nenhum esforço por parte da Merial para viabilizar este benefício.
Diante da enrolação, hoje, os/as trabalhadores/as realizaram um protesto com atraso de jornada por seis horas e aprovaram o estado de greve. A pressão surtiu efeito. Representantes da empresa chamaram os/as dirigentes do Unificados e definiram data para discutir a pauta protocolada pelo sindicato na próxima quarta-feira, 11/04.
Se a cesta não sair… é greve!
Diante da sinalização de que de fato a empresa irá abrir negociação sobre a cesta alimentação, os/as companheiros/as da Merial decidiram encerrar o protesto por volta das 11h. Porém, se a reunião terminar sem nenhum avanço em relação ao pagamento do benefício de alimentação, a categoria realizará greve por tempo indeterminado, conforme foi aprovado na assembleia desta segunda-feira.
Unidade na luta
A Merial Boehringer conta com cerca de 600 trabalhadores diretos e quase 100 terceirizados. Para o Unificados, todos são trabalhadores/as Merial Boehringer e a luta é uma só. Assim também se veem os/as trabalhadores das empresas terceiras, e por isso permaneceram em luta junto com o sindicato durante toda a assembleia. Vale ressaltar que até mesmo entre os/as terceirizados/as, a Merial Boehringer promove tratamento desigual, uma vez que parte deles não recebe os 30% de adicional de periculosidade e esta diferenciação precisa acabar.
Acima, dirigente Dumar Galter conversa com trabalhadores/as sobre os rumos da luta e defesa da cesta alimentação. Abaixo, após protesto com atraso de jornada, representantes da empresa marcam reunião com dirigentes sindicais para tratar da pauta de reivindicação protocolada pelo Unificados.