Trabalhadores formais completaram três anos consecutivos sem reajuste salarial que equivalesse à inflação no período. É o que aponta o boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.
Segundo os pesquisadores, esse é o resultado da combinação de desemprego elevado, atividade econômica travada e disparada da inflação.
Apesar desse cenário desastroso e dessa incapacidade de Bolsonaro governar o País, o Sindicato Químicos Unificados com muita luta conseguiu para os trabalhadores do setor químico e farmacêutico a reposição integral da inflação para os salários e a renovação das Convenções Coletivas de Trabalho que garantem os direitos sociais das duas categorias.
Além de reajuste zero nos salários, o governo Bolsonaro fez cortes no orçamento desse ano principalmente nos ministérios do Trabalho e Previdência (R$ 1 bilhão) e da Educação (R$ 802 milhões).
O Ministério da Economia foi poupado de novas reduções de recursos, com um veto de apenas R$ 85,9 mil. A Saúde, por sua vez, central no combate à pandemia do novo coronavírus, teve corte de R$ 74,2 milhões.
A Fiocruz, ligada ao ministério, perdeu R$ 11 milhões em pesquisas de desenvolvimento tecnológico em saúde. O órgão produz, entre outros, a vacina contra a covid-19.
Os cortes promovidos pelo presidente ainda afetam ações e programas como o saneamento básico para comunidades quilombolas (corte de R$ 40 milhões) e a prevenção de incêndios florestais (R$ 8,5 milhões vetados).
Então fica a pergunta: Para quem Bolsonaro governa? Os fatos mostram que não são prioridade os trabalhadores e os que mais precisam.