Empresa tem obrigação de orientar a forma correta sobre a troca e substituição de máscaras utilizadas pelos trabalhadores
Em fevereiro, a Coferly, empresa em Cotia, determinou o uso de máscaras no padrão PFF3 para todos os trabalhadores. Esse modelo de máscara é obrigatório em alguns países da Europa, garante vedação completa e maior proteção. Apesar de serem descartáveis, podem ser utilizadas por período prolongado, de acordo com orientações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A grande questão é que existe uma série de cuidados obrigatórios na hora de reutilizar as máscaras, caso contrário, perdem eficiência. A empresa tem obrigação de garantir esses cuidados.
Chegaram ao sindicato denúncias de que um dos setores na Coferly foi mudado e que os trabalhadores agora ficam expostos a uma poeira que antes não existia, o que diminui a vida útil das máscaras. O sindicato entrou em contato cobrando a Coferly sobre o assunto, já que devem ser imediatamente descartadas e substituídas máscaras sujas, rasgadas, úmidas, amassadas ou com vinco.
Pressão
Após cobrança do sindicato, a empresa se comprometeu a substituir as máscaras danificadas sempre que o trabalhador solicite, mas o sindicato alerta os trabalhadores a permanecerem atentos.
O sindicato permanece cobrando para que as empresas não descuidem das medidas de segurança, pois estamos longe do fim da pandemia e a vida e saúde dos trabalhadores depende desses cuidados. A vida tem que estar acima do lucro!
Fique atento
à manutenção
das máscaras
Após utilização, as máscaras PFF3 precisam “descansar” por pelo menos cinco dias, guardadas em um saco de papel. O trabalhador, portanto, precisa de no mínimo 5 máscaras para trocar durante a semana e a empresa deve fornecê-las.
Para a reutilização, devem ser retiradas pelo elástico e guardadas com a identificação do(a) trabalhador(a). Antes e após o uso, as mãos devem ser lavadas com água e sabão ou limpas com álcool gel 70%. Importante: essas máscaras não podem ser lavadas nem higienizadas com álcool.