Reintegração de trabalhadora demitida com doença ocupacional na Natura
Ressonância magnética para detectar LER será avaliada por comissão médica
A trabalhadora da Natura que foi demitida com Lesões por Esforços Repetitivos (LER), grave doença ocupacional, no dia 1º de outubro de 2007, passará por ressonância magnética para avaliação de comissão médica. Esse foi o acordo feito entre o Sindicato Químicos Unificados e a Natura, em reunião realizada em12 de fevereiro último. A empresa ainda não se manifestou quanto à reintegração da trabalhadora, que diversas ultra-sonografias já mostraram ser portadora de bursite e tendinite, mas a Natura alega que demitiu Emanuela Abrantes Rios, de 25 anos, levando em conta um exame que deu “normal”.
Esse resultado “normal” não deve ser considerado, conforme informou o coordenador médico do laboratório Delboni, Dr. Jorge Lenson, em carta ao sindicato. Emanuela passou pelo mesmo exame em outra unidade do laboratório e este último mostrou rompimento de 4 milímetros de tendão, além das já diagnosticadas bursite e tendinite.
A ressonância magnética permite um diagnóstico mais preciso que o da ultra-sonografia. Para o médico do trabalho do Sindicato dos Químicos Unificados, Dr. Roberto Ruiz, a ressonância certamente apontará alterações na saúde de Emanuela, causadas pelo trabalho repetitivo e mecânico na Natura.
A Natura não se comprometeu a readmitir a funcionária, mesmo se a ressonância indicar doença do trabalho. O sindicato reafirma a necessidade de reintegração da trabalhadora e reivindica que ela trabalhe em algum setor que não prejudique sua saúde.
Outro caso: Unilever Brasil
Recentemente, a Justiça do Trabalho promoveu na Unilever, em Vinhedo, a reintegração do trabalhador José Mário Oliveira Godoy. Ele havia sido demitido com doença ocupacional e a Justiça tinha determinado, em 18 de dezembro de 2007, sua reintegração. Como a Unilever não cumpriu a determinação judicial expedida, um oficial de justiça promoveu a reintegração na tarde de 31 de janeiro último.
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