Plano de co-gestão será apresentado aos proprietários da empresa
Já no dia 19 último, em negociação anterior na qual a Ceralit S.A. se comprometera a quitar suas dívidas trabalhistas, deu um cheque do Bradesco, datado do dia seguinte, no valor de R$ 500.954,04 e que serviria para “garantir” o cumprimento da promessa. A promessa não foi cumprida, e o cheque hoje não passa de um inútil papel.
Dívidas trabalhistas da Ceralit
Há cerca de doze anos a Ceralit S.A. acumula atrasos e não pagamento de salários, horas extras, adicionais de periculosidade e insalubridade, não faz recolhimento ao FGTS e também não repassa à Previdência Social os valores quem mensalmente desconta dos trabalhadores em holerite. As férias, 13º salários, e PLR (Participação nos Lucros e Resultados), quando são pagos, isso ocorre com muito atraso. Por outro lado, trabalhadores que são demitidos também não recebem seus direitos rescisórios.
A Ceralit e seus proprietários já foram condenados por diversas ações judiciais movidas pelos trabalhadores e pelo sindicato, mas constantemente descumprem os prazos e obrigações a que foram condenados e rompem unilateralmente acordos feitos.
A Ceralit
A Ceralit S.A. Indústria e Comércio está localizada na rodovia Anhangüera, km 103 (na pista São Paulo/interior), bairro Aparecidinha, em Campinas/SP, e tem cerca de 200 trabalhadores. Ela produz óleos vegetais e matérias primas para diversos ramos industriais.
Mais informações
Na empresa, procurar pelo dirigente sindical Valdir de Souza, pelo telefone (19) 7850.1930. Veja no site www.quimicosunificados.com.br a história completa da luta dos trabalhadores para receber seus direitos da Ceralit S.A., inclusive com a ocupação da fábrica por cinco dias (de 18 a 23 de fevereiro), de resistência a ordem judicial de reintegração de posse e à conquista, na Justiça, do arresto dos bens (bloqueio das máquinas e equipamentos) da empresa como garantia de pagamento de seus créditos trabalhistas.