xx
Pesquisa realizada pelo DATAFOLHA Instituto de Pesquisas, que integra o grupo do jornal Folha de São Paulo, mostrou e comprovou o que ninguém mais duvidada: Os protestos golpistas que foram realizados neste domingo (16) pelo Brasil foram integrados em sua imensa maioria por pequenos burgueses que pensam ser a elite econômica, social e cultural do país. A pesquisa do DATAFOLHA foi realizada em São Paulo, na avenida Paulista.
O termo pequeno burguês define pessoas de classe média com boa renda, que pratica e alimenta preconceitos e ideias atrasadas e conservadoras. E são machistas e autoritárias, como pode ser visto com os pedidos de volta da ditadura militar durante a manifestação.
Em resumo, são aqueles que não nos representam… que não representam a classe trabalhadora. Ao contrário, são aqueles que defendem que trabalhador existe tão somente para ser explorado e produzir riquezas.
A pesquisa
Veja o resultado da pesquisa dos participantes da manifestação, comparada com a da média da cidade de São Paulo. Todos os números têm o DATAFOLHA com fonte. Na questão raça o Unificados manteve a classificação adotada pelo DATAFOLHA, a tratou como cor.
Renda
NA MANIFESTAÇÃO – A segmentação por renda mostra que 14% tinham rendimento familiar mensal de até 3 salários mínimos, 13%, de 3 a 5 salários mínimo, 25%, de 5 a 10 salários mínimos, 25%, de 10 a 20 salários mínimos, e 17%, de 20 salários ou mais. Uma fatia de 4% não informou sua renda mensal familiar.
NA CIDADE DE SÃO PAULO A faixa de renda familiar mensal de até cinco salários mínimos abrange 69% dos paulistanos.
Cor
NA MANIFESTAÇÃO – A maioria (75%) se declarou de cor branca, e 17%, de cor parda. Apenas 3% se declararam da cor preta, 1% afirmou ser indígena, 2% disseram ser amarelos, e 2% indicaram, espontaneamente, outras cores.
NA CIDADE DE SÃO PAULO Apenas 48% da população é da cor branca.
Escolaridade
NA MANIFESTAÇÃO – Três em cada quatro (76%) dos que foram ao protesto tinham ensino superior, e 20%, ensino médio. Apenas 4% haviam estudado até o ensino fundamental.
NA CIDADE DE SÃO PAULO Apenas 28% dos moradores da capital chegaram ao ensino superior.
Ato Nacional de 20 de agosto:
Tomar as ruas por Direitos, Liberdade e Democracia!
Mobilização em todo o país contra a direita e contra o ajuste fiscal
A classe trabalhadora, centrais sindicais, sindicatos, partidos políticos, estudantes e movimentos sociais estarão nas ruas de todo o país neste 20 de agosto (quinta-feira) em defesa dos direitos trabalhistas e sociais, da liberdade e da democracia, por saídas populares para a crise, e contra a ofensiva da direita conservadora, reacionária, discriminadora e capitalista.
Contra o ajuste fiscal! Que os ricos paguem pela crise!
A política econômica do governo joga a conta nas costas do povo.
Ao invés de atacar direitos trabalhistas, cortar investimentos sociais e aumentar os juros, defendemos que o governo ajuste as contas em cima dos mais ricos, com taxação das grandes fortunas, dividendos e remessas de lucro, além de uma auditoria da dívida pública.
Somos contra o aumento das tarifas de energia, água e outros serviços básicos, que inflacionam o custo de vida dos trabalhadores. Os direitos trabalhistas precisam ser assegurados: defendemos a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e a valorização dos aposentados com uma previdência pública, universal e sem progressividade.
Fora Cunha: Não às pautas conservadoras e ao ataque a direitos!
Eduardo Cunha representa o retrocesso e um ataque à democracia.
Ele transformou a Câmara dos Deputados numa Casa da Intolerância e da retirada de direitos.
Somos contra a pauta conservadora e antipopular imposta pelo Congresso: Terceirização, redução da maioridade penal, contrarreforma política (com medidas como financiamento empresarial de campanha, restrição de participação em debates, etc.) e a entrega do pré-sal às empresas estrangeiras.
Defendemos uma Petrobrás 100% estatal. Além disso, estaremos nas ruas em defesa das liberdades: contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo, a LGBTfobia e a criminalização das lutas sociais.
A saída é pela Esquerda, com o povo na rua, por reformas populares
É preciso enfrentar a estrutura de desigualdades da sociedade brasileira com uma plataforma popular.
Diante dos ataques, a saída será pela mobilização nas ruas, defendendo o aprofundamento da democracia e as reformas necessárias para o Brasil: Reforma tributária, urbana, agrária, educacional, democratização das comunicações e reforma democrática do sistema político para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular.
A rua é do povo! – 20 de agosto em todo o Brasil!
Assinam este manifesto e convocam o ato:
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) / Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) / Central Única dos Trabalhadores (CUT) / Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) / Intersindical – Central da Classe Trabalhadora/ Federação Única dos Petroleiros (FUP) / União Nacional dos Estudantes (UNE) / União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) / Rua – Juventude Anticapitalista / Fora do Eixo / Mídia Ninja / União da Juventude Socialista (UJS) / Juntos / Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL) / Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG) / Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet) / União da Juventude Rebelião (UJR) / Uneafro / Unegro / Círculo Palmarino / União Brasileira das Mulheres (UBM) / Coletivo de Mulheres Rosas de Março / Coletivo Ação Crítica / Coletivo Cordel / Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras) / Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM)
Partidos que apoiam o ato: Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e Partido Comunista do Brasil (PC do B)