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Assembleia setor farmacêutico aprova assinar convenção coletiva

 

Em assembleias realizadas no dia 12 de abril (sexta-feira) nas regionais Osasco e Vinhedo e hoje (14) em Campinas, as trabalhadoras e trabalhadores do setor farmacêutico aprovaram assinar com patronal a convenção coletiva da campanha salarial da categoria. Ele tem vigência de 01 de abril (data base) último a 31 de março de 2013.

O reajuste salarial é de 8,5%, índice que compreende um aumento real de 1,22% e a reposição da inflação de 7,22% registrada nos últimos doze meses, conforme apurado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Sob pressão, patronal aumenta sua proposta

Palhinha (centro) e Rosângela, dirigente do Unificados, na assembleia na Regional Campinas (fotos editadas para evitar identificação dos trabalhadores)
Palhinha (centro) e Rosângela, dirigente do Unificados, na assembleia na Regional Campinas (fotos editadas para evitar identificação dos trabalhadores)
Foi uma das mais difíceis campanhas salariais do setor, pois as indústrias farmacêuticas se colocaram radicalmente contra o aumento real, tomando como argumento o aumento do índice inflacionário no país.

No entanto, sob pressão com as diversas mobilizações do Unificados junto aos trabalhadores, inclusive com greve de nove dias na Medley/Sanofi, em Campinas, e atrasos no início da produção em razão de assembleias nas fábricas, a patronal fez uma nova proposta em condições superiores à primeira que havia apresentado – e que dizia ser a última. Era o “pegar ou largar”.

A luta continua

Mesmo com a assinatura da convenção coletiva, os trabalhadores devem se manter em luta em busca do atendimento da pauta de reivindicações específicas apresentada a cada empresa, principalmente naquelas em que os problemas não foram satisfatoriamente resolvidos. Reivindicar direitos é uma obrigação da classe trabalhadora, ndependentemente de calendário oficial como, por exemplo, a data base.

A convenção coletiva

Trabalhadores votam e aprovam assinar a convenção coletiva
Trabalhadores votam e aprovam assinar a convenção coletiva
As cláusulas sociais não sofreram alterações, embora no início das negociações a patronal apresentasse uma lista de 26 pontos que queriam suprimir, o que foi rejeitado pelos sindicalistas.

Nas cláusulas econômicas, assim ficou a nova convenção coletiva.

•    Reajuste Salarial – 8,5% para salários até R$ 5.800,00. Acima, reajuste no valor fixo de R$ 493,00.

•    Piso – Para empresas com até 100 trabalhadores: R$ 1.049,00. Para empresas acima de 100 trabalhadores: R$ 1.182,00.

•    PLR/PPR – Para empresas com até 100 trabalhadores R$ 1.108,00. Para empresas acima de 100 trabalhadores R$ 1.537,00.

•    Abono – R$ 700,00, a ser pago em duas parcelas iguais, em julho e outubro. Ou em parcela única em setembro.

•    Vale alimentação – Para empresas com até R$ 100 trabalhadores R$ 85,14 (20%). Para empresas acima de 100 trabalhadores R$ 135,00 (26%).

•    Acesso de medicamentos – Reajustes pelo índice do reajuste salarial (8,5%). O teto é de 4,59% do salário. Para salários acima de R$ 5.447,99 o limite do subsídio é o valor fixo de R$ 1.563,41.

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