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Shell é eleita campeã mundial em crimes ambientais pelo voto popular

 

Publicado pelo Greenpeace Brasil (http://www.greenpeace.org/brasil/pt/)

Com mais de 41 mil votos, a petroleira que queria explorar o Ártico foi eleita por voto popular como a vencedora do Public Eye Award (Prêmio Olho do Público) 2013.

Após inúmeras tentativas de exploração de petróleo na frágil região do Ártico e mais de dois milhões e 400 mil pessoas em todo o mundo se pronunciando contra suas investidas, a Shell foi a empresa escolhida este ano para receber o Public Eye Award.

 

 

Protesto contra a Shell em Davos, na Suíça, em 24jan13 -Photo Rikki - indymedia - WP
Protesto contra a Shell em Davos, na Suíça, em 24jan13 -Photo Rikki - indymedia - WP

 

 

Tradicionalmente anunciado no Fórum Econômico Mundial que acontece em Davos, na Suíça, entre os dias 23 e 27 de janeiro, o prêmio foi entregue na quinta-feira (24 de janeiro) pelo Greenpeace Suíça e pela Declaração de Berna.

A petroleira recebeu nada menos do que 41.800 votos online. Já pelo lado do júri, o banco norte-americano Goldman Sachs foi o vencedor. Segundo os organizadores, as duas empresas escolhidas servem como exemplos de empresas cujos crimes socioambientais mostram para a sociedade o lado negativo do progresso puramente orientado para o lucro.

A indicação da Shell se deu pela empresa estar constantemente envolvida em projetos de produção particularmente controversos, arriscados e quase sempre sujos de óleo. A empresa se coloca à frente da exploração e produção de combustíveis fósseis num dos ecossistemas mais vulneráveis do planeta.

Cada projeto de petróleo no mar Ártico significa novas toneladas de emissões de CO2 para a atmosfera. Reservas de petróleo do Ártico são suficientes para apenas três anos, mas a ganância de grandes corporações, como a Shell, insistem em tirar até a última gota do solo.

Para isso, ela está colocando em risco um dos últimos paraísos naturais da Terra, colocando em perigo quatro milhões de pessoas que vivem na região, além de ameaçar a fauna. Ainda sem nem começar a trabalhar na perfuração dos poços, a Shell já passou por uma série de acidentes alarmante na região nos últimos meses.

 

 

Protesto no Mar Báltico em frente ao navio quebra-gelo Nordica da Shell - Foto Greenpeace
Protesto no Mar Báltico em frente ao navio quebra-gelo Nordica da Shell - Foto Greenpeace

 

 

As medidas de segurança da Shell não são confiáveis. Especialistas garantem que uma catástrofe poderá ocorrer a qualquer momento e seria quase impossível controlar devido às condições delicadas do Ártico.

Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace International, lembrou que a Shell já investiu US$ 4,5 bilhões em um plano “sem sentido e altamente arriscado, que só produz problemas”.

“O Public Eye Award mostra que o público está de olho na Shell e que sua teimosia vai continuar a ser objeto de sanções por parte da opinião pública”, frisou.

 

 

Ativista coloca faixa "Defenda o Ártico" em caminhão da Shell, na Inglaterra
Ativista coloca faixa "Defenda o Ártico" em caminhão da Shell, na Inglaterra

 

 

ACESSE AQUI para ler no site da Public Eye Award mais textos e vídeo (ambos em inglês) sobre a ação da Shell no Ártico (ao abrir o site, clique sobre o logo da Shell).

Crime ambiental e humano em Paulínia

 

 

Unificados faz ato contra a Shell/Basf, em Paulínia, no Dia Mundial do Meio Ambiente
Unificados faz ato contra a Shell/Basf, em Paulínia, no Dia Mundial do Meio Ambiente

 

 

ACESSE AQUI para ver no site do Unificados todas as informações sobre o crime ambiental e humano cometido pela Shell Brasil na planta industrial de Paulínia/SP.

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