Entregadores de aplicativos fizeram protestos em cidades brasileiras nesta quarta-feira (1º). Vinculados às plataformas digitais de delivery, os trabalhadores reivindicam direitos trabalhistas e de saúde, além de denunciar as condições insalubres pela qual a categoria está exposta com o novo coronavírus (Covid-19).
No momento da pandemia – em que os aplicativos se tornaram um serviço essencial para a população – os entregadores estão se dando conta do quanto correm riscos e não são remunerados da maneira adequada.
A categoria informa que os apps nunca lucraram tanto como agora na pandemia. Um levantamento feito pela Rede, empresa de pagamentos do Itaú, mostra que as compras de delivery pagas no cartão cresceram 59% em abril, comparada com o mesmo período do ano anterior. Apenas o Ifood, dobrou o volume de pedidos, entre 2018 e 2019, chegando à marca de 20 milhões no ano passado, segundo pesquisa do Instituto de Foodservice Brasil (IFB).
Na contramão do aumento dos lucros das empresas, os acidentes de motociclistas não param de subir também. Mesmo com as medidas de isolamento social e a consequente diminuição no trânsito de veículos na cidade de São Paulo, o número de acidentes de motos cresceu expressivamente desde o início da quarentena.
Segundo os trabalhadores do LIVRES Baixada Santista, a solução é a entrega cooperada. Desta forma, os trabalhadores recebem, em média, 3 vezes mais do que receberiam por meio dos aplicativos. A organização dos trabalhadores hoje passa por geração de trabalho e renda de forma cooperada.
Movimentos espalhados por todo o país foram realizados com o apoio de diversas entidades. A Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Sindicato Químicos Unificados, o LIVRES – Rede de Produtos do Bem e tantos outros projetos têm prestado apoio à greve em vários estados do país no sentido de fortalecer a parceria com a categoria de entregadores.
