O Sindicato Químicos Unificados sempre teve como pauta a luta das mulheres. Por isso, conta com o coletivo de mulheres desde 2017. O coletivo tem como objetivo discutir o assédio moral e sexual no local de trabalho, as promoções e a carreira nas empresas, além da dupla até mesmo tripla jornada que as mulheres exercem no dia a dia.
Apesar das restrições da pandemia e em respeito ao distanciamento social, as atividades não pararam. Esta semana, cerca de 24 pessoas participaram de encontro online com a Juliane Bielak, da Confederação Nacional do Ramo Químico, para falar sobe Sindicalismo e a vida pessoal – desafios a serem enfrentados. A proposta do coletivo é realizar atividades para envolver todos e todas, não apenas as dirigentes, mas homens e as trabalhadoras da base do sindicato.
São atividades necessárias para empoderar as mulheres e levar consciência para combater o machismo estrutural da nossa sociedade. Por isso, os encontros têm como tema o cotidiano da mulher, mas temos também eventos com a participação de homens. “É importante o envolvimento deles para discutir e entender a nossa luta, o nosso papel e a nossa importância dentro da sociedade”, diz Vivian Moura, dirigente do Sindicato Químicos Unificados – Regional Osasco.
Afinal essa luta é de todos, homens e mulheres. O objetivo do coletivo é justamente levar essa consciência para todos e todas. “Precisamos proporcionar o debate, a discussão de que o lugar da mulher é onde ela quiser, na política, nas empresas, em casa, na arte. Enfim, onde ela pode mostrar a sua força”, acrescenta Edilene Santana, dirigente do Químicos Unificados – Regional Campinas.
Desta forma, o coletivo quer romper essa visão do perfil de boa esposa, dona do lar, boa mãe, boa cuidadora. Isso não quer dizer que as mulheres não possam ser tudo isso, mas não só, porque ela pode ser boa independente de qual seja o tema, que tem força para ocupar outros espaços, que não só o escrito pela sociedade.