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V Congresso aprova bandeiras de luta para o Unificados

 

O Unificados deu duas grandes demonstrações de sua histórica prática de respeito à democracia entre os trabalhadores, na realização de seu V Congresso nos dias 4, 5 e 5 de maio. Primeiro, pela própria realização do congresso, o quinto, em apenas 10 anos de existência do Unificados. Em segundo, na preparação e no desenrolar do congresso, quando todas as posições políticas foram respeitadas, com regras e regimento claros, prazos bem definidos para a entrega de teses, todas e todos trabalhadores credenciados tiveram direito a voz e a voto e, principalmente, a busca incansável pelo consenso entre as diversas posições e propostas.

 

 

Trabalhadores(as) no V Congresso (foto desfocada para evitar identificação)
Trabalhadores(as) no V Congresso (foto desfocada para evitar identificação)

 

 

 

As trabalhadoras e trabalhadores das regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo, após debates e análises de propostas para algumas alterações, aprovou maciçamente o plano e as bandeiras de luta defendidas pela atual direção da entidade.


Análise política e econômica

No trabalho (tese) apresentado pela atual direção às trabalhadoras e trabalhadores, destacam-se os seguintes pontos:


Internacional

A atual crise do sistema capitalista mundial, que ficou evidente com o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos em meados de 2008, e que se aprofundou com a crise da dívida em diversos países da Europa, é considerada a mais grave crise do sistema capitalista dos últimos cinquenta anos.

O risco de quebradeira dos bancos e empresas levou os governos dos países centrais do capitalismo (Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França, entre outros) a despejaram bilhões de recursos dos cofres públicos para salvar estas instituições da falência, após terem torrado grande parte de seus recursos na farra da especulação imobiliária e financeira internacional.

Nacional

 

 

Gilmar Mauro, dirigente nacional do MST, que participou dos debates sobre a situação política/econômica
Gilmar Mauro, dirigente nacional do MST, que participou dos debates sobre a situação política/econômica

 

 

 

Neste cenário de crise e estagnação das principais economias capitalistas do mundo, o desempenho relativamente positivo alcançado pela economia brasileira nos últimos anos dá a ilusão de que nossa situação é melhor.

Mas basta olhar o mundo real dos brasileiros que sobrevivem no dia-a-dia para perceber que nosso país continua entre os de maior desigualdade social do mundo, como resultado de uma política econômica que concentra propriedade, riqueza e poder político nas mãos de uma elite endinheirada.

Aqui se convive diariamente com a crescente violência urbana, enchentes e péssimas condições de moradia nas periferias, acesso à saúde para quem tem dinheiro, aumento do preconceito racial e da violência de gênero, e a continuada repressão aos movimentos populares e aos pobres, como forma de intimidar as lutas e criminalizar a pobreza.

Além disso, o atual modelo de desenvolvimento brasileiro tem provocado um evidente retrocesso da estrutura industrial e do emprego no país. A maior inserção do Brasil no mercado internacional enquanto um grande exportador de produtos agrícolas e minérios tem nos custado uma lenta, porém profunda, regressão de nosso modelo produtivo interno.

 

 

Trabalhadores(as) votam e aprovam plano e bandeira de lutas (imagem desfocada para evitar identificação)
Trabalhadores(as) votam e aprovam plano e bandeira de lutas (imagem desfocada para evitar identificação)

 

 

 

Categoria química

O Sindicato Químicos Unificados representa cerca de 60 mil trabalhadores no estado de São Paulo, organizados nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo.

Nossa categoria – formada pelos setores químicos, plásticos e farmacêuticos – é parte de um dos mais importantes ramos industriais do país, e o ramo químico constitui o 3º maior segmento industrial do Brasil.

Além da importância econômica, o ramo químico também tem grande importância estratégia no funcionamento da indústria nacional. A indústria química brasileira está entre as 10 maiores do mundo. O setor responde por cerca de 3% da formação do Produto Interno Bruto (PIB brasileiro), emprega aproximadamente 300 mil pessoas e é um dos maiores exportadores industriais do Brasil.

No estado de São Paulo os Químicos Unificados participam com peso na Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico) que representa cerca de 200 mil trabalhadores (aproximadamente 60% dos 320 mil trabalhadores do ramo químico no estado de São Paulo).

Nossa participação na Fetquim tem por objetivo garantir um maior espaço de articulação das lutas de nossa categoria, para ter mais força contra os patrões nas negociações das campanhas salariais.

A mobilização e a capacidade de luta de nossa categoria têm garantido importantes conquistas. Em relação aos salários, nosso sindicato está entre as categoriais nacionais que têm conquistado os melhores índices de reajuste, conquistando ganhos reais acima da inflação nos últimos dez anos de campanha salarial.

Também obtivemos ganhos na negociação da participação nos lucros e resultados (PLR), onde sempre lutamos para que os trabalhadores recebam a fatia que lhes é de direito no crescimento do faturamento das empresas. No setor farmacêutico reduzimos a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. E no setor plástico, o mais precário do ramo químico, temos lutado permanentemente pela melhoria das condições salariais e de trabalho.

O sindicato que queremos

 

 

Nildo, dirigente da regional Campinas, fala no V Congresso
Nildo, dirigente da regional Campinas, fala no V Congresso

 

 

 

 

 

Givanildo, dirigente da regional Osasco, defende propostas
Givanildo, dirigente da regional Osasco, defende propostas

 

 

 

 

 

Francisco Natal, dirigente da Regional Vinhedo, no Congresso
Francisco Natal, dirigente da Regional Vinhedo, no Congresso

 

 

O sindicalismo que defendemos tem dois grandes objetivos interligados: o de conquistar melhores condições de salário e trabalho e o objetivo de construir uma sociedade justa e igualitária, uma sociedade socialista. Por isso, dizemos que a nossa luta sindical tem um duplo caráter.

A luta econômica, por salários, saúde, menor jornada, direitos trabalhistas, é uma luta importante porque faz a resistência permanente aos ataques que os capitalistas fazem ao nosso trabalho e à nossa vida.

Mas é uma luta imediata e limitada, pois combate os efeitos e não as causas; não resolve o problema de fundo que é o da exploração e dominação capitalista, não ataca o sistema que nos mantém escravizados ao lucro.

Por isso é que a luta econômica deve ser combinada com a luta pelo fim do poder dos patrões e deste sistema de exploração, com a perspectiva da conquista do poder político pelos trabalhadores e da construção da sociedade socialista.

Plano e bandeiras de lutas

Este é o plano de lutas aprovado no V Congresso:

• Campanha pela redução da jornada de trabalho sem redução do salário.

•
Campanha contra terceirização e precarização do trabalho.

•
Luta pela aplicação de 10% do PIB para a educação pública. Auditoria da dívida para que mais recursos sejam investidos em políticas sociais.

•
Contra a reforma da Previdência.

• Contra a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza.

• Apoiar candidaturas comprometidas com nossas bandeiras.

• Campanha em defesa do meio ambiente e contra a Reforma do Código Florestal.

• Defesa dos direitos trabalhistas e sindicais. Regulamentação do artigo 7º constituição federal.

• Aprovação da convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) pelo Congresso Nacional, assegurando-se o direito dos servidores públicos à negociação coletiva e livre organização nos seus sindicatos.

• Reforma agrária – terra para quem nela trabalha – por uma política agrária e agrícola voltada para a priorização da produção de alimentos e contra a monocultura e em defesa da agricultura familiar.

• Moradia digna para todos, com ampla reforma urbana que atenda aos interesses da maioria da população.

• Educação e saúde pública de qualidade para todos; contra a privatização e terceirização da saúde.

• Contra esta reforma tributária, que ameaça os direitos trabalhistas e o sistema de financiamento da seguridade social.

• Defesa da volta do monopólio estatal do petróleo e de uma Petrobrás 100% estatal.

• Contra todas as privatizações, de estatais e de serviços públicos.

• Combate a toda forma de violência, opressão e discriminação contra as mulheres, negros e homossexuais.

• Defesa da luta dos quilombolas e povos indígenas.

• Democratização dos meios de comunicação.

• Lutar pelo fim da exploração do trabalho pelo capital, pelo fim de qualquer exploração do homem pelo homem.

 

 

 

Arlei Medeiros, da Regional Campinas, fala sobre a importância da construção da Intersindical
Arlei Medeiros, da Regional Campinas, fala sobre a importância da construção da Intersindical

 

 

 

 

 

Paulo Soares (Paulinho), da Regional Osasco, defende posições no V Congresso
Paulo Soares (Paulinho), da Regional Osasco, defende posições no V Congresso

 

 

 

 

 

Resumo de propostas dos trabalhos em grupo são apresentados para análise e discussão pela plenária
Resumo de propostas dos trabalhos em grupo são apresentados para análise e discussão pela plenária

 

 

 

 

 

Companheiras defendem o veto da presidente Dilma Rousseff ao Código Florestal aprovado pelo Congresso
Companheiras defendem o veto da presidente Dilma Rousseff ao Código Florestal aprovado pelo Congresso

 

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