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Dirigente sindical e trabalhador da Nestlé é assassinado na Colômbia

O dirigente sindical Oscar López Triviño (foto acima), do Sindicato Nacional de Trabajadores de la Industria de Alimentos (Sinaltrainal) da Colômbia e trabalhador a 25 anos na Nestlé no país, foi assassinado com quatro tiros na noite de  09 de novembro na cidade Bugalagrande, onde há uma fábrica da multinacional instalada.

Na tarde do dia anterior à morte, dirigentes do Sinaltrainal e trabalhadores da Nestlé receberam uma mensagem de texto via celular que afirmava, em resumo e em tradução livre, que “… se continuarem a incomodar a Nestlé nós vamos esmagá-los. Morte aos comunistas do Sinaltrainal!” Mensagem semelhante em teor e ameaças já havia sido dirigida aos sindicalistas e trabalhadores no dia 28 de abril.

As mensagens são assinadas por um grupo paramilitar que se autointitula “Los Urabeños”. A gangue “Los Urabeños” é formada por membros de grupos paramilitares de direita que surgiram na Colômbia nos anos 1980. Extintos entre 2003 e 2006, eles se uniram e começaram a operar no mundo do crime. Paramilitares são pessoas ou grupos armados, fardados, com objetivos político-partidários, religiosos ou ideológicos e que atuam paralelamente as forças policiais e/ou militares de um país, agindo às margens da lei e, não raramente, contratados por poderes, instituições, entidades e empresas legalmente existentes para que façam o chamado “serviço sujo” como, por exemplo, assassinatos.

Greve de fome na Nestlé contra exploração e opressão

Desde 1982, quando os trabalhadores do setor da alimentação deram início à organização nacional do Sinaltrainal, a Nestlé no país usou diversas formas para boicotar esta tarefa. Com os trabalhadores desorganizados, obviamente, seria muito mais fácil para a multinacional os explorar com baixíssimos salários, precárias condições de trabalho, desrespeito a direitos garantidos em lei, desumano assédio moral e repressão direta. A Nestlé também avança e agride os costumes e hábitos alimentares dos colombianos.

Isso se arrasta há 32 anos. Segundo o Sinaltrainal, até agora 14 trabalhadores da Nestlé foram assassinados, outros sofreram atentados ou tiveram de mudar de residência após receber ameaças. Com este recente assassinato sobe para 15 o número de funcionários da Nestlé mortos neste período recente.

Contra este quadro, em 10 de outubro último um grupo de sindicalistas e de trabalhadores da Nestlé deu início a uma greve de fome. Pressionados pelo governo do país, a suspenderam. Em 05 de novembro a greve foi retomada, no dia 8 houve as ameaças de morte e o assassinato de Oscar López Triviño se deu em 09 de novembro.

SIGA ESTE LINK para ir ao site do Sinaltrainal na internet e acompanhar as denúncias e campanhas contra as práticas da Nestlé, e de outras multinacionais, na Colômbia.

O Sindicato Químicos Unificados integra uma rede internacional de sindicalistas, que também conta com a participação do Sintaltrainal.

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