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Farmacêuticas: Patronal radicaliza e nega dar aumento real. Sindicalistas rejeitam

A primeira rodada de negociação da campanha salarial do setor farmacêutico entre a Fetquim (Federação do Ramo Químico do Estado de São Paulo) e os patrões ocorreu na tarde de ontem (20), na sede do Sindusfarma, sindicato que representa os patrões.

Nenhuma proposta foi apresentada pela bancada patronal, apenas choradeira a respeito do cenário econômico, em uma tentativa de justificar a intenção de aplicar neste ano apenas a reposição das perdas inflacionárias. A data base da categoria é 1º de abril, que compreende o período aquisitivo de 1º de abril de 2014 a 31 de março de 2015.

A Fetquim e sindicatos filiados rejeitaram na reunião a proposta patronal de apenas repor a inflação, sem aumento real. A inflação acumulada entre março de 2014 e abril de 2015, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Geral (INPC-Geral) ficou em 6,8%.  A próxima rodada de negociação está marcada para sexta–feira (30) às 9h, no Sindicato dos Químicos de São Paulo. A que corresponde à data base da categoria será divulgada oficialmente em 10 de abril.

 

Mesa de negociação da campanha salarial do setor farmacêutico, dia 20 de março, no Sindusfarma, em São Paulo (foto: Dino Santos/Fetquim)
Mesa de negociação da campanha salarial do setor farmacêutico, dia 20 de março, no Sindusfarma, em São Paulo (foto: Dino Santos/Fetquim)

Farmacêuticas crescem 13,4% em vendas em 2014

Estudo apresentado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela que, diferente de outros setores, a indústria farmacêutica apresenta saldo positivo, com crescimento em vendas de 13,4% e 7,9% em unidades produzidas no ano de 2014.

Trata-se de uma indústria poderosa, que não sofre com as turbulências econômicas, pois medicamentos são itens essenciais para toda a população. Por isso, a categoria reivindica além da reposição da inflação, aumento real.

Reivindicações na campanha salarial

Como reivindicações econômicas os trabalhadores farmacêuticos aprovaram a luta por 13% de reajuste salarial (reposição da inflação mais aumento real), piso salarial no valor de R$ 1.970,00, participação nos lucros e resultados (PLR) mínima de R$ 3.940,00 e valor mínimo de cesta básica/vale alimentação de R$ 372,00.

Cláusulas sociais

Além dos índices econômicos, a pauta geral conta com cláusulas sociais como a jornada de trabalho com sábados e domingos livres, o acesso gratuito a medicamentos para os trabalhadores e seus familiares e a ampliação do período de estabilidade de trabalhadoras para sete meses após o parto, entre outras.

Também inclui a adição de quatro novas cláusulas que tratam de previdência privada complementar, combate ao assédio moral, representação de trabalhadores no local de trabalho e incorporação de trabalhadores terceirizados ao quadro de efetivos.

A realidade nas fábricas

Após a aprovação da pauta geral os(as) trabalhadores(as) responderam a uma pesquisa preparada pelo Unificados sobre as reivindicações específicas de cada fábrica e discutiram em grupos de trabalho os principais problemas e formas para conseguir avançar e obter conquistas nesta campanha salarial.

Assembleia na Pfizer, em Itapevi

As assembleias de mobilização pela campanha salarial na base do Unificados intensificam-se. Na quinta-feira (19), os(as) cerca de 200 trabalhadores(as) da Pfizer (foto acima), em Itapevi, discutiram os problemas específicos da fábrica, como a necessidade de lutar para que a multinacional pague aos trabalhadores que exercem a função de analistas o salário compatível a esta função, pois hoje eles recebem como auxiliares.

A Pfizer está presente em cerca de 150 países e no quarto trimestre de 2014 teve lucro líquido de US$ 1,23 bilhão.

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