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Ato em defesa do Aterro Mantovani

Os próximos passos da luta
 

 

 

Ato religioso é realizado no encerramento do acampamento

 

Para exigir a retirada do lixo tóxico despejado no Aterro Mantovani e a punição das empresas que cometeram esse crime ambiental, diversas organizações e entidades realizaram de 26 a 29 de maio um acampamento junto ao km 150 da rodovia SP 340, na pista sentido Mogi Mirim-Campinas. O acampamento esteve montado dia e noite durante os quatro dias, e houve apresentação de atividades culturais e palestras. O Sindicato Químicos Unificados e a Comissão de Ex-Trabalhadores Shell/Basf participam da organização da atividade e estiveram presentes no acampamento.

 

Ao final da mobilização, no dia 29, as entidades organizadoras definiram os seguintes passos para a continuidade da luta:

 

DELIBERAÇÕES DO ACAMPAMENTO

 

– Recomendar a participação de todos, no próximo dia 3 de junho, da passeata de protesto dos trabalhadores contaminados da Shell/Basf em Campinas e Paulínia-SP;
– Apoiar as ações do Instituto Brasileiro do Direito Ambiental – IBRADA, que realizará – dia 5 de junho – ato comemorativo do DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, no Parque das Bicicletas – Ibirapuera – São Paulo – SP, concedendo uma barraca de divulgação das atividades e lutas do Comitê de Solidariedade às Vítimas de Áreas Contaminadas;
– Apresentar oficialmente, no próximo dia 7 de junho a partir das 14 horas, à Promotoria de Justiça de Jaguariúna nosso REPÚDIO à decisão de concessão de mais 30 dias para que as indústrias criminosas apresentem novo relatório sobre a retirada total e imediata dos resíduos depositados no aterro Mantovani;
– Apresentar oficialmente, também no próximo dia 7 de junho, a partir das 14 horas em frente ao Fórum de Jaguariúna, nossa defesa no processo aberto pela RENOVIAS, denunciando o abuso policial ocorrido durante o acampamento, sob a escolta da liminar concedida à RENOVIAS por uma Juíza local;
– Participar, em bloco, no mesmo dia 7 de junho a partir das 19 horas, da sessão da Câmara Municipal de Holambra, onde nosso companheiro Leonardo Moreli (Secretário Geral da DEFENSORIA DA ÁGUA) fará uma palestra;
– Propor o dia 20 de junho, como data indicativa para a realização da AUDIÊNCIA PÚBLICA da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa;
– Organizar todas as comunidades envolvidas com problemas de áreas contaminadas para exercer pressão sobre a Assembléia Legislativa para o início dos trabalhos da CPI das Áreas Contaminadas com efetiva investigação e punição dos responsáveis;
– Os manifestantes, em assembléia geral, deliberaram ainda declarar-se em ESTADO DE ALERTA , prevendo paralisações relâmpago da Rodovia SP 340, caso os encaminhamentos não apresentem resultados e o voto de confiança dado às autoridades e à Assembléia Legislativa não produzam frutos.
– A partir de junho, o Comitê passará a manter – no local do ACAMPAMENTO DA SOLIDARIEDADE (KM 147 da Rodovia SP 340) – uma exposição permanente nos finais de semana, de forma a procurar conscientizar os turistas com a distribuição de materiais informativos e coleta de assinaturas no abaixo-assinado pela retirada imediata do lixo tóxico do aterro MANTOVANI.
– Por fim, foi deliberada uma intensa campanha de divulgação dos nomes das empresas, com objetivo de que os consumidores conheçam os responsáveis pela principal área de contaminação industrial do país, ainda impune há 31 anos.

 

Veja na matéria abaixo a história do Aterro Mantovani.

 

maio/2005

 

Aterro Mantovani

 

Acampamento de protesto contra contaminação no Aterro Mantovani vamos acabar com essa impunidade!

 

Acampamento de protesto para exigir a retirada do lixo tóxico

 

De 26 a 29 de maio, às margens do km 150 da rodovia SP 340, sentido Mogi Morim/Campinas

 

Faça uma visita e leve sua solidariedade e participe da luta pela construção de um mundo melhor. Haverá palestras e atividades culturais.

 

Mapa da localização do acampamento

 

 

Para exigir a retirada do lixo tóxico despejado no Aterro Mantovani e a punição das empresas que cometeram esse crime ambiental, diversas organizações e entidades estarão realizando de 26 a 29 de maio um acampamento junto ao km 150 da rodovia SP 340, na pista sentido Mogi Mirim-Campinas. O acampamento estará montado dia e noite durante os quatro dias, e haverá a apresentação de atividades culturais e palestras. O Sindicato Químicos Unificados e a Comissão de Ex-Trabalhadores Shell/Basf participam da organização da atividade e estarão presentes no acampamento. Aproveite o feriado para participar da luta pela construção de um mundo melhor. Faça uma visita ao acampamento, fique bem informado sobre esse crime ambiental e leve sua solidariedade aos moradores da região, vítimas da ganância das empresas que colocam seu interesse pelo lucro acima do direito à vida.

 

A história do Aterro Mantovani

 

 

Foto aérea do Aterro Mantovani, com lavoura e plantações ao redor 

 

O Aterro Mantovani é um dos maiores crimes ambientais cometidos no Brasil. Nele foram despejadas, de forma irresponsável e consciente, principalmente por indústrias multinacionais, cerca de 500 mil toneladas de resíduos tóxicos, o que causou a contaminação do solo, da água e doenças na população de toda a região. Passados trinta anos de sua abertura, até hoje poucas medidas efetivas foram tomadas para recuperar a degradação ambiental e nenhuma das cerca de 60 empresas que cometeram esse crime foi severamente punida.

 

O Aterro Mantovani está localizado em uma área de 31 hectares, entre os municípios de Santo Antonio de Posse e Holambra, na região de Campinas. Entre 1974 e 1987 (ano em que foi fechado pela Cetesb), ele recebeu todo tipo de resíduo industrial perigoso, como por exemplo metais pesados, sem qualquer tipo de tratamento ou precaução. Essa área, contaminada, está situada na Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. No seu subsolo encontra-se o Aqüífero Bauru, que contribui para a alimentação do famoso Aqüífero Guarani, que é a maior reserva subterrânea de água doce do mundo.

 

Durante anos, nada disso foi levado em conta pelas multinacionais, que criminosamente continuaram a despejar lixo tóxico, e nem pelo governo do Estado, que se manteve omisso e até chegou a autorizar o depósito.

 

E até hoje não há uma solução definitiva para o problema, cuja poluição continua a avançar e a população a sofrer com seus efeitos a partir do solo que vive, da água que bebe e do ar que respira.

 

Basta de impunidade! Quem poluiu deve ser responsabilizado, pagar e reparar o dano. Além da punição às multinacionais que fizeram do Mantovani seu quintal de depósito de lixo tóxico, também deve ser investigada a omissão, durante anos, do governo estadual, e da mesma forma seus responsáveis devem responder na Justiça por esse crime.

 

Exigimos que seja traçado um plano de recuperação ambiental sério e urgente para a remoção de todo o lixo, para a recuperação do solo e da água, e que as pessoas vitimadas sejam assistidas, atendidas e reparadas por todos os danos que sofreram, na saúde, econômica e psicologicamente.

 

A lista das empresas que cometeram o crime ambiental no Aterro Mantovani

 

– Acebras Acetatos do Brasil
– Arzo Indústria e Comércio
– Asfalto Vitória
– Basf
– Boehringer Ingelheim
– Brazão Lubrificantes
– Buchmann Laboratórios
– Cagigo
– Carioquímica
– Cargil Agrígola
– Ciquini Plasbaté
– Citrospectina
– CBTI Equip Industriais
– Du Pont do Brasil
– Embraer
– Fairchild Semicondutores
– Filtros Mann
– Huzicromo Galvanoplastia
– Hydrosol Produtos Químicos
– Ibrasol Petróleo
– Sabão e Glicerina
– Itelpa Screens
– Itol Óleos Isolantes
– Yanmar do Brasil
– Johnson & Johnson
– Lubrasil Lubrificantes
– Lubrinasa Lub Nacionais
– Marangoli Ind Elétrica
– Mercedes Benz do Brasil
– Midland Ross
– Mont D’Este Ind e Comércio
– Montecril
– Nobel Química
– Pardar Produtos Químicos
– Partington Chemicals
– Petroil Lubrificantes “Igo”
– Plestin Indústria Química
– Petronasa Petróleo Nacional
– Prosint Produtos Sintético
– Quimpil Piracicabana
– Quimitex Indústria e Comércio
– Rainha Materiais Esportivos
– Recicla Indústria Química
– Redestil
– Refinaria de Petróleo Manguinhos
– Regenera Indústria e Comércio
– Rhodia
– Robert Bosch
– Servind Produtos Químicos
– Sinterbras Indústria e Comércio
– Supre Mais Química
– Texas Indústria de Eletrônicos
– Texaco do Brasil
– Vasilhame São Matheus
– Vasoil Recup de Óleos Lubrificantes

 

A pergunta que precisa ser respondida: Onde essas empresas estão jogando hoje o seu lixo?

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