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Grito dos Excluídos reúne 10 mil em Campinas

A 7º edição do Grito dos Excluídos reuniu, em Campinas, aproximadamente 10 mil trabalhadores e participantes de movimentos populares neste 7 de setembro. Crianças, jovens, estudantes, sindicalistas, políticos, donas de casas, desceram a Avenida Francisco Glicério logo após o desfile oficial comemorativo e manifestaram toda indignação contra a miséria e exploração e em defesa da nossa ameaçada soberania. “Tirem as mãos, o Brasil é nosso chão”, “Vacine-se contra a Alca e Sim a Vida, Não à Alca” eram palavras de ordem que, junto a um abaixo-assinado, exigiam do governo Lula um plebiscito oficial para que todos os brasileiros dêem a sua opinião sobre a integração do Brasil à Alca, sobre a dívida externa e sobre a militarização de nosso território.

 

Veja as fotos abaixo:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Contra a Alca, a Dívida Externa e a Militarização

 

Plebiscito Oficial JÁ!

 

Participe de abaixo-assinado que exige do governo Lula um plebiscito oficial para que os brasileiros dêem sua opinião

 

No dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, tradicionalmente os movimentos populares, sociais e de trabalhadores realizam o Grito do Excluídos. Como o próprio nome diz, essa manifestação, realizada em todo o país, exige o fim dessa situação de miséria e exploração que se abate sobre a grande maioria da população.

 

Em defesa de nossa soberania

 

Como a submissão do Brasil aos interesses do capitalismo internacional e ao imperialismo norte-americano é uma das principais razões dessa terrível situação, o Grito dos Excluídos tem como base a defesa de nossa soberania que, em última instância, é a defesa de nosso povo. E o lema desse ano, bem objetivo, é “Tirem as mãos, o Brasil é nosso chão!”

 

A vontade popular tem que ser respeitada

 

Nas atividades de 2003 do Grito dos Excluídos está incluída a realização de um abaixo-assinado que percorrerá todo o país. Nele, é exigido que o governo Lula realize um plebiscito oficial para que todos os brasileiros dêem a sua opinião sobre a integração do Brasil à Alca, sobre a dívida externa e sobre a militarização de nosso território. Em temas como esses, que colocam nossa soberania e nosso povo em jogo, não podem ser tratados sem que a população seja considerada, ouvida e sua opinião respeitada.

 

Alca

 

A Alca (Área de Livre Comércio das Américas) é uma proposta econômica que defende a liberdade do capital acima do bem comum e das pessoas. O objetivo dos Estados Unidos, com a Alca, é estabelecer livre território para a circulação de suas mercadorias e capitais em toda a América Latina, à exceção de Cuba que não a aceita. Plebiscito não oficial realizado no Grito dos Excluídos de 2002 apontou que 98,33% dos 10 milhões de votantes não querem o Brasil na Alca.

 

Dívida Externa

 

O pagamento da monstruosa dívida externa está sufocando o país. Quanto realmente o Brasil tomou emprestado? Onde foi aplicado esse dinheiro? Quanto já pagamos? Por que os juros são tão altos? Quem negociou essas dívidas nos últimos 30 anos? Quem assinou os contratos e os acordos? Enfim… queremos saber tudo a respeito dessa imensa, misteriosa e impagável dívida externa. O abaixo-assinado está exigindo que seja realizada uma auditoria pública e transparente nessa dívida. Aliás, uma auditoria que já deveria ter sido realizada conforme previsto em nossa Constituição de 1988. O resultado dessa auditoria, com certeza, daria razão às mobilizações sociais e sindicais que defendem veementemente o não pagamento da dívida externa.

 

Base de Alcântara, uma vitória popular

 

O governo Lula suspendeu a votação na Câmara dos Deputados do acordo que entregaria a Base de Alcântara, no Maranhão, para uso exclusivo dos norte-americanos. Eles ocupariam militarmente essa região, e nenhum brasileiro nela poderia mais entrar, nem mesmo o governo brasileiro. Esse acordo havia sido aceito por FHC. Em plebiscito não oficial no Grito dos Excluídos de 2002, 98,59% dos 10 milhões de votantes se disseram contrários a isso.

 

A suspensão da votação desse acordo foi uma vitória da mobilização da população brasileira contra a militarização e ocupação de seu território pelo imperialismo norte-americano.

 

Saiba tudo sobre a Alca. Veja nossa cartilha em anexo!

 

 

 

A programação em Campinas

 

O ato

 

A concentração será às 10 horas, do dia 7 de setembro, no Largo do Pará, entrando em caminhada pela avenida Francisco Glicério logo ao final do desfile dito oficial. Os diversos movimentos sociais, populares e sindicais estarão formados em blocos, com temas específicos de suas lutas. O encerramento será no Largo do Rosário, com manifestação em frente ao palanque principal.

 

O abaixo-assinado

 

Durante a manifestação, vários companheiros estarão com folhas para o abaixo-assinado exigindo do governo Federal a realização de um Plebiscito Oficial sobre o ingresso do Brasil na Alca. No período de 1 a 7 de setembro esse abaixo assinado estará na maioria das igrejas e sedes dos movimentos sociais, populares e sindicais, onde você poderá passar e colocar o seu nome.

 

Participe ativamente dessa luta. Coloque o seu nome e grite junto, bem alto: “Tirem as mãos… o Brasil é nosso chão!”

 

A programação em Osasco

 

Sábado – (06/09) – Festa do D.A da História da UNIFIEO com recolhimento de assinaturas.
Domingo – (07/09)- No final do desfile de 7 de setembro, ato contra a ALCA. Concentração embaixo do viaduto metálico de Osasco próximo à prefeitura. Horário: às 7:30 hs.

 

O objetivo principal desta campanha é o de conscientizar a população do risco de implantação da Alca, através de debates em colégios e recolhimento de assinaturas em pontos estratégicos de Osasco e Região, culminando com uma atividade no dia 7 de setembro no desfile na Avenida Bussocaba.

 

No dia 09 de setembro (terça – feira) às 19:00 horas, no Sindicato dos Bancários de Osasco e Região, haverá uma reunião para avaliação da campanha e discussão das posições do comitê em relação à Conjuntura Nacional e Internacional tendo como ponto norte a Alca.

 

Histórico do Grito dos Excluídos

 

Em 2003 acontece em todo país o 9° Grito dos Excluídos. Com o lema “Tirem as mãos… o Brasil é nosso chão”, tem como objetivo a denúncia da exclusão social vivida por milhares de pessoas, causada por um modelo econômico injusto, concentrador e excludente. Também grita em defesa da vida e da população sufocada pela pobreza, desemprego, violência… Anuncia valores e caminhos novos em função da construção de uma sociedade nova. Vários eixos de reflexão se colocam: Soberania nacional, contra a fome, contra o pagamento da dívida externa, a militarização e controle de territórios e povos.

 

Toda a história do Grito dos Excluídos começou no ano de 1995. O primeiro Grito dos Excluídos foi realizado em 7 de setembro de 1995 e teve como lema: “A Vida em primeiro lugar”. A iniciativa surgiu das Pastorais Sociais em 1994, em vista da Campanha da Fraternidade, que apresentava o tema: “A fraternidade e os excluídos”.O Grito surgiu da intenção de denunciar a exclusão, valorizar os sujeitos sociais. Este grito aconteceu em mais de 170 cidades e teve como símbolo uma panela vazia.

 

A partir de 1996, o Grito passou a fazer parte do “Projeto Rumo ao Novo Milênio”, com a aprovação dos bispos do Brasil em assembléia da CNBB. Naquele ano, a Campanha da Fraternidade foi sobre política e o lema do Grito: “Trabalho e Terra para viver”. As parcerias foram ampliadas e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central de Movimentos Populares (CMP) passaram a integrar a coordenação nacional. Foram realizadas manifestações em 300 cidades. O símbolo do Grito foi uma chave, estimulando à reflexão de que o trabalho é a chave da questão social.

 

Em 1997, a Campanha da Fraternidade foi sobre os encarcerados e o lema do Grito foi “Queremos justiça e dignidade”, atingindo cerca de 700 cidades.

 

Em 1998, Educação foi o tema da Campanha da Fraternidade. O Grito, com o lema: “Aqui é o meu país”, seguiu ampliando as parcerias, com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, e as manifestações ocorreram em mais de 1000 cidades. O símbolo foi uma sacola vazia com os dizeres: “A ordem é ninguém passar fome”.

 

Em 1999, a organização coletiva do Grito dos Excluídos contou com a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). O tema foi “Brasil: um filho teu não foge à luta”.

 

Em 2000, com o tema “Progresso e Vida Pátria sem Dívida$”, junto com a realização do Plebiscito Nacional da Dívida Externa em todo Brasil reforça o fato de que, apesar das dificuldades, nosso povo não tem parado de lutar, busca conquistar a independência, dividir o poder e a riqueza e construir uma Pátria livre, um Brasil com igualdade e justiça social.

 

O Grito dos Excluídos de 2001 com o lema “Por amor a essa Pátria Brasil”, no contexto da economia globalizada, e da pressão dos organismos financeiros internacionais, enfoca a soberania e independência nacional. Frente à globalização da economia, o Grito propõe a globalização da solidariedade no sentido de manter vivos e ativos os sonhos, esperanças e utopias. Também valoriza os tesouros da cultura popular, o protagonismo dos excluídos e incentiva a criatividade, bem como a construção de um projeto popular para o Brasil.

 

Em 2002, com o lema “Soberania não se negocia”, junto com a realização do Plebiscito Nacional contra a ALCA em todo o Brasil, momento este de tentar manter a soberania nacional, face à imposição do capitalismo norte-americano nos países da América Latina e sobre o povo desses países.

 

Estamos em 2003 e há anos o Grito vem questionando, pela raiz, a política econômica do país, pois ela compromete a soberania nacional e gera, de ano para ano, cada vez mais exclusão social. Essa é uma questão pertinente: como reorientar os rumos da economia com vistas a uma independência real do país, em que suas riquezas estejam a serviço de um projeto popular, democrático, justo e solidário? São ecos do Grito, que não quer se calar…

 

Visite a página do Grito dos Excluídos, http://www.gritodosexcluidos.com.br, e fique bem informado sobre as razões do movimento

 

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