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No dia 3 de junho de 2005, caminhada em Paulínia e ato no Largo do Rosário, em Campinas, exigindo punição à Shell/Basf

05 de junho – Dia Internacional do Meio Ambiente

Crime ambiental Shell/Basf

Passeata e ato público exigem punição JÁ!

Inicío da passeata no distrito industrial de Paulínia
O Sindicato Químicos Unificados, a Comissão de Ex-Trabalhadores Shell/Basf e o mandato do deputado federal Luciano Zica (PT) realizaram hoje (3 de maio de 2005) uma caminhada em Paulínia pela manhã e um ato público no Largo do Rosário, em Campinas, à tarde, exigindo punição à Shell do Brasil e Basf S.A. pelo crime ambiental cometido por estas multinacionais no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia. As duas atividades estão integradas às comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, que transcorre no dia 5 de junho (domingo). Cerca de 150 pessoas participaram da caminhada, que contou com a participação de sindicalistas de Campinas, Vinhedo e Osasco, trabalhadores, moradores de Paulínia, ambientalistas e integrantes do movimento em defesa do Aterro Mantovani.

As cruzes homenageiam os ex-trabalhadores Shell/Basf já mortos

Em Paulínia, houve uma carreata que teve início às 07h30m no bairro Betel, cruzou o centro da cidade e se encerrou no trevo do Distrito Industrial. A partir daí, os manifestantes foram em passeata por toda a avenida Roberto Simonsen até à planta desativada da Shell/Basf, no bairro Recanto dos Pássaros. Na sequência, houve um ato público no local com falas das entidades participantes. Todas intervenções foram de críticas ao crime ambiental cometidos pelas empresas que, em busca de maior lucro, de forma irresponsável e silenciosa, porém consciente, ao longo dos anos vão contaminando a terra, as águas, adoecem e matam pessoas. Também foram feitas críticas à morosidade da Justiça no julgamento desses casos e dos órgãos públicos encarregados da fiscalização e de controle ambiental que comportam-se de maneira omissa, para dizer o mínimo, quando esses crimes ambientais estão sendo cometidos. Nesse caso específico Shell/Basf, há três anos o Sindicato Químicos Unificados e os ex-trabalhadores da empresam protocolaram uma ação na Justiça do Trabalho, em Paulínia, a qual até hoje não apresentou qualquer encaminhamento concreto.

No Largo do Rosário, em Campinas

Manifesto e cartaz são distribuídos a populares por ex-trabalhador da Shell/Basf

À tarde, com início às 14 horas no Largo do Rosário, em Campinas, a programação teve prosseguimento com a realização de um ato público e distribuição de um manifesto à população. (VEJA NA MATÉRIA ABAIXO O TEOR DO MANIFESTO)

A passeata e o ato público foram organizados pelo Sindicato Químicos Unificados, pela Comissão de Ex-Trabalhadores Shell/Basf e pelo mandato do deputado federal Luciano Zica (PT).

junho/2005

05 de junho – Dia Internacional do Meio Ambiente

No dia 3 de junho, caminhada em Paulínia e ato no Largo do Rosário, em Campinas, exigindo punição à Shell/Basf pelo crime ambiental que cometeram

Cartaz convocando para as atividades do dia 3 de junho

O Sindicato Químicos Unificados, a Comissão de Ex-Trabalhadores Shell/Basf e o mandato do deputado federal Luciano Zica (PT) farão uma caminhada em Paulínia pela manhã e um ato público no Largo do Rosário, em Campinas, à tarde, exigindo punição à Shell do Brasil e Basf S.A. pelo crime ambiental cometido por estas multinacionais no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia. As atividades serão realizadas no dia 3 de junho (sexta-feira), e estão integradas às comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, que transcorre no dia 5 de junho.

Em Paulínia, haverá inicialmente uma carreata que terá início às 06h30, do bairro Betel ao trevo de Paulínia. Ela terá sequência com uma caminhada do trevo até à área da planta industrial contaminada pela Shell/Basf no bairro Recanto dos Pássaros. À tarde, com início às 14 horas no Largo do Rosário, em Campinas, a atividade terá prosseguimento com a realização de um ato público.

Manifesto

Como já é de pleno conhecimento público, a responsabilidade das Shell e da Basf no crime de contaminação ambiental, nos moradores e em seus trabalhadores já é inconteste. Diversos exames a comprovam. E enquanto as duas multinacionais se utilizam de todos os recursos – aceitáves ou não – para se manterem na impunidade e a Justiça se perde em labirintos legais e burocráticos, seus 844 ex-trabalhadores sentem avançar sintomas de deterioção em seu estado de saúde. Mais que isso, diversos óbitos já ocorreram. Leia toda a história sobre esse crime ambiental Shell/Basf em nosso endereço na internet: www.quimicosunificados.com.br

Na caminhada pela manhã e no ato público à tarde será distribuido o seguinte manifesto:

Justiça lenta não é justiça

Responsabilização JÁ!

Marchamos hoje pela manhã de Betel a Paulínia e realizamos ato à tarde no Largo do Rosário, em Campinas, em protesto contra o crime ambiental cometido pela Shell/Basf no Recanto dos Pássaros. Um crime cometido conscientemente que já levou a mortes, adoeceu gravemente vários trabalhadores e moradores, contaminou rios e águas subterrâneas, o ar, uma vasta área rural e obrigou à desocupação de todo um bairro e à desestruturação psicológica e econômica de centenas de famílias. Um crime ambiental que coloca em risco 2,5 milhões de pessoas que moram na região. Portanto, um crime lesa humanidade. E, barbaramente, cometido com o único objetivo de acumular lucros.

Marchamos e realizamos o ato, ainda em protesto contra a Shell e Basf que, após serem desmascaradas como autoras de silencioso e irresponsável crime ambiental, usam hoje de todos os artifícios jurídicos, políticos e financeiros, legais ou não, mas com certeza imorais, para se safarem da dura penalização a que devem, de forma inegável e indiscutível, serem condenadas.

Marchamos e realizamos o ato hoje, também em protesto contra a omissão de diversos setores, instituições e entidades da sociedade que se mantiveram em absoluta omissão e silêncio frente a esse crime ambiental que afeta duramente a comunidade na qual estão inseridos. Como exemplo maior desse condenável descaso temos a Unicamp – Universidade Estadual de Campinas. Núcleo de cientistas, médicos, pesquisadores e com toda uma infra-estrutura clínica e laboratorial, repugnantemente a instituição vem de forma sistemática ignorando todos os apelos no sentido de prestar qualquer auxílio nessa luta. E necessário se faz destacar que a Unicamp é mantida com o dinheiro público, com o dinheiro do contribuinte. Portanto, com o nosso dinheiro! Também é necessária a ressalva de que alguns de seus integrantes, por iniciativa exclusivamente pessoal, estão comprometidos, presentes e atuantes na mobilização dessa causa que é do interesse de toda a sociedade.

E, finalmente, marchamos e realizamos o ato de hoje em protesto contra o conjunto do sistema judiciário brasileiro. É insuportável a lentidão, os entraves burocráticos por causa de um carimbo a mais ou um carimbo a menos, a insegurança no andamento dos processos que o sindicato e os ex-trabalhadores Shell/Basf moveram contra as multinacionais. Estamos prestes a completar três anos da entrada de ações, e até agora nada. Absolutamente nada. E estamos tratando de doenças, de seu agravamento por falta de diagnóstico e tratamento corretos, de vidas que estão em risco… de vidas que já se foram. Assim, o tempo é o maior aliado da Shell/Basf. E, de forma nítida e clara, a instituição jurídica brasileira vem fornecendo, de mão beijada, esse tempo que a Shell/Basf tanto necessitam na tentativa se manterem impunes pelo crime ambiental que cometeram.

Assim, nessa marcha e nesse ato também denunciamos: “Justiça lenta é injustiça!”

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