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1 milhão de pessoas nas ruas em todo o Brasil em defesa da Previdência

Em todo o Brasil, cerca de 1 milhão de pessoas tomaram as ruas ontem (15/03) para dizer não à PEC 287 (Proposta de Emenda Constitucional) apresentada pelo governo interino de Michel Temer que altera o funcionamento da Previdência Social, retirando direitos dos/as trabalhadores. Foi o dia Nacional de Paralisações contra o desmonte da Previdência e que teve adesão de diversas categorias profissionais como professores, servidores públicos,  metroviários, químicos, bancários, entre outras.

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Ato na Paulista reuniu cerca de 300 mil pessoas (Imagem retirada da página da Intersindical). A foto de capa e no alto desta matéria é de Ricardo Stuckert.

O Sindicato Químicos Unificados realizou atos na farmacêutica E.M.S, no qual os/as trabalhadores realizaram atraso de jornada no primeiro e segundo turnos da fábrica em Hortolândia. O sindicato também realizou assembleia na Eldorado Indústrias Plásticas em Barueri no período da manhã.

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Atraso de jornada na E.M.S, em Hortolândia (esq) e mobiliação na Eldorado, em Barueri.

Dirigentes do Unificados e Intersindical Central da Classe Trabalhadora seguiram para os atos realizados nas cidades de Campinas, Osasco, Paulínia e São Paulo, junto com movimentos populares e diversas categorias profissionais.

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Grande parte das manifestações realizadas em todo o país foi convocada pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que reúnem diversos movimentos e centrais sindicais. Os professores tinham articulado nacionalmente uma greve para o dia 15/03- o que motivou outras categorias a realizar paralisações para fortalecer a mobilização rumo a uma greve geral contra todas as medidas que prejudicam a classe trabalhadora como o fim do direito à aposentadoria e as mudanças nas leis trabalhistas que pretendem aumentar as jornadas, terceirizar todos os tipos de serviços, retirar os parâmetros mínimos de proteção e direito ao emprego decente estabelecidas hoje pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

Em assembleia realizada na Praça da República, em São Paulo, cerca de 40 mil professores do estado de São Paulo aprovaram greve nos dias 28, 29 e 30 de março e uma nova assembleia no dia 31 para definir ações futuras.

Se você não lutar agora…

O governo está acertando as contas com quem financiou o golpe. Não se trata de reformar a Previdência Social. Trata-se de destruir o sistema da Seguridade Social – que engloba a Previdência, Assistência Social e Saúde públicas – para transferir uma parte ainda maior do orçamento público ao sistema financeiro e incentivar a compra de planos privados.

Se a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/16 for aprovada nos próximos dias, o trabalhador brasileiro poderá se aposentar somente a partir dos 65 anos, com um valor abaixo do salário mínimo, e isso se comprovar 25 anos de contribuição ao INSS, conforme explica o vídeo abaixo:

 

 

A PEC torna inatingível o direito à aposentadoria pública e deixa a classe trabalhadora sem qualquer proteção do Estado nas fases mais vulneráveis da vida, como doença, acidentes, desemprego e velhice. Condena os brasileiros a trabalhar até a morte. Extingue a aposentadoria por tempo de contribuição e as aposentadorias especiais (com exceção de militares e políticos), unifica regras para homens e mulheres, rurais e urbanos, sejam eles do setor público ou do privado.

A PEC 287 desmonta o sistema de proteção social para fazer o povo trabalhar por mais anos, com salários achatados, sem direito a férias, horas extras, 13°, FGTS, e aposentadoria em benefício dos grandes empresários.

Haverá uma redução drástica do valor dos benefícios previdenciários – inclusive das aposentadorias de quem hoje já está aposentado.
O governo Temer esconde os riscos de transferir tal atribuição a empresários que só têm um único objetivo: enriquecer. Não haverá garantia sobre o pagamento dos seguros e previdências privados em caso de falência das contratadas.

Sem contar que o pagamento das pensões públicas abaixo do salário mínimo, como propõe o governo, corrói a economia e compromete a manutenção da estabilidade social.

O governo golpista usa os meios de comunicação para alarmar sobre um suposto “rombo” na Previdência Social. Tudo para impedir que o povo vá às ruas e pressione deputados e senadores a votarem contra esse desmonte.

Silenciosamente, Michel Temer intensifica medidas que diminuem a arrecadação dos impostos que financiam a Seguridade Social, numa clara ação para enfraquecê-la de propósito para fins de privatização.

A propaganda do governo engana a sociedade ao mostrar parte do orçamento e dizer que existe déficit na Previdência. É mentira! Vamos às ruas resistir até derrubar esta PEC e, junto com ela, este governo interino!

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