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28 de Abril – Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes no Trabalho

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Pela passagem do dia 28 de Abril – Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, na quinta-feira (28) haverá um ato em memória de companheiras e companheiros vitimados pelas más e perigosas condições de trabalho nas fábricas, bem como para exigir a implantação de adequadas medidas de segurança nos locais de produção e uma legislação mais dura contra o descaso da saúde e da vida dos trabalhadores.

O ato é promovido por sindicais e centrais de trabalhadores (entre eles o Unificados e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora), pela Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq) e pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) em Campinas.

Simbolismo da área da manifestação

A escolha do local para o ato relembra as vítimas de contaminação causada pelas multinacionais Shell Brasil e a Basf S.A. na planta industrial localizada no bairro Recanto dos Pássaros em Paulínia. Cerca de 75 ex-trabalhadores da Shell/Basf morreram em idades bem abaixo da média da expectativa de vida, boa parte deles por câncer.

Programação

• Das 9h as 14h – Ato público na avenida das Amoreiras, bairro São Bernardo, em frente à marginal do Piçarrão, próximo ao terreno onde será construído o centro de diagnóstico do Hospital do Câncer de Barretos.

• Às 14h30 – Exibição do filme O Lucro Acima da Vida, no Cerest Campinas, avenida Prefeito Faria Lima, 680, bairro Parque Itália. O filme é uma ficção inspirada na luta real dos ex-trabalhadores Shell/Basf pelo direito à vida e para a condenação das multinacionais pelos danos causados aos trabalhadores e ao meio ambiente.

Unificados/Atesq e o Hospital do Câncer

A vinda da unidade do Hospital do Câncer de Barretos para Campinas, com a construção de um centro de diagnósticos e unidades móveis que circularão pelos bairros realizando exames preventivos, se consolidou porque o Sindicato Químicos Unificados e a Atesq pleitearam no acordo judicial no Tribunal Superior do Trabalho (TST) com as contaminadores Shell e Basf uma cláusula para que houvesse o pagamento de R$ 200 milhões a título de indenização por danos morais coletivos.

Este valor deveria ser empregado diretamente a projetos voltados à saúde dos trabalhadores, com foco na pesquisa e prevenção, a serem selecionados pelo Ministério Público do Trabalho.
Portanto, é uma conquista para toda a população e que tem origem na luta de ex-trabalhadores da Shell/Basf contra as duas multinacionais que colocaram o lucro acima da vida.

Este projeto do Hospital do Câncer de Barretos foi um dos selecionados e utilizará R$ 69,9 milhões da verba de indenização por danos morais coletivos.

Acidentes do trabalham matam 57 mil por ano no Brasil

Os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais matam no Brasil cerca de 57 mil pessoas por ano, de acordo com estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O número é quase 22 vezes maior que o captado pelas estatísticas oficiais da Previdência Social para os acidentes de trabalho fatais. Segundo o último levantamento disponível no site da Previdência Social, o Brasil registrou 717.911 acidentes de trabalho, sendo 2.797 deles com mortes.

Os dados referentes a acidentes e doenças causadas pelo trabalho no Brasil não refletem a realidade porque muitos sequer são notificados e porque o levantamento da Previdência leva em conta apenas os 48.948.433 trabalhadores com vínculos formais (celetistas, temporários, avulsos, entre outros), excluindo quem está no mercado informal, trabalhadores domésticos informais, profissionais autônomos, empregadores, militares e estatutários. A ausência de uma base de informações atualizada impede políticas eficazes em relação à saúde do trabalhador.

Origem do 28 de abril

O 28 de Abril – Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças Causadas pelo Trabalho surgiu no Canadá por iniciativa do movimento sindical, e logo se espalhou por diversos países, organizado por sindicatos, federações, confederações locais e internacionais. A data foi escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos no ano de 1969. A OIT, desde 2003, consagra a data à reflexão sobre a segurança e saúde do trabalhador.

Nesta data, trabalhadores de todo o mundo protestam e denunciam a persistência do adoecimento e mortes causadas pela atividade profissional. Diferente da abordagem do setor empresarial, os acidentes e as doenças não acontecem por falha humana ou falta de equipamentos de segurança e proteção. Eles sempre ocorrem dentro do contexto de pressão por produtividade, porque o lucro é colocado acima da vida como comprova o crime cometido pelas multinacionais Shell/Basf que trouxeram para o Brasil agrotóxico com substâncias banidas em 1974 nos Estados Unidos.

Os chamados drins (Aldrin, Dieldrin e Endrin) produzidos pela Shell foram proibidos por permanecerem no meio ambiente e se propagarem pela cadeia alimentar. A Agência de Proteção Ambiental do país (Usepa) confirmou o alto risco de câncer em animais e contaminação em alimentos.

Entre os problemas de saúde desenvolvidos pelos ex-trabalhadores da Shell/Basf estão: hepatite, alterações na tireoide (problema incomum em homens), cânceres de próstata, pulmão e intestino, complicações renais, problemas de fertilidade, complicações neurológicas comprometedoras da memória, alterações sanguíneas, entre outros.

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